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Após alta da Selic, Haddad fala em “ano turbulento”

Apesar da alta da taxa básica de juros, a Selic, o ministro Fernando Haddad reforçou que o Brasil retornará a uma “trajetória positiva”

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Diogo Zacarias/Ministério da Fazenda
Ministro da Fazenda Fernando Haddad com microfones à sua volta
1 de 1 Ministro da Fazenda Fernando Haddad com microfones à sua volta - Foto: Diogo Zacarias/Ministério da Fazenda

Nova York – O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou, nesta terça-feira (24/9), que 2024 foi “um pouco turbulento” em relação ao ano passado na questão de política monetária.

Segundo ele, este ano passou por turbulências devido a surpresas e adiamentos na condução da política fiscal internacional, como a demora para o corte de juros pelo Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos, e as reações do mercado da China e do Japão.

“Este ano foi um pouco turbulento em relação ao ano passado. Tiveram algumas surpresas, alguns adiamentos. A economia da China reagiu de um jeito, a do Japão de outro. A americana, que todo mundo pensou que ia cortar em junho, imaginou-se até subir o juro nos Estados Unidos, agora começou um corte forte de 50 ponto [percentual] que ninguém esperava, todo mundo estava contando com 25 [ponto percentual]”, disse Haddad.

Para o ministro, “não dá para prever neste momento tudo o que vai acontecer, mas as coisas estão voltando ao normal, na minha opinião”. No entanto, ele reforçou a vontade de a equipe econômica retomar a trajetória de crescimento sustentável.

BC indica que pode continuar elevando juros

Mais cedo, o Banco Central (BC) divulgou a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). Na semana passada, o comitê decidiu, por unanimidade, elevar a taxa básica de juros do país, a Selic, em 0,25 ponto percentual, indo a 10,75% ao ano.

Na ata, o Copom informou que a alta da Selic está ligada ao “firme compromisso de convergência da inflação à meta”. O BC ainda ressaltou que o início do ciclo de elevação dos juros deveria ser “gradual” para, por um lado, acompanhar a inflação em um “contexto de incertezas”.

Com o texto, a diretoria do Banco Central indicou que pode elevar a taxa de juros nas próximas duas reuniões (de novembro e dezembro) do comitê.

Ao ser questionado sobre o tom da ata, o ministro da Fazenda ressaltou que não dá para antecipar o que o BC fará, “porque ele está muito atrelado aos dados que vão saindo dia após dia”. Contudo, Haddad reforçou que o Brasil retornará a uma “trajetória positiva”.

“Sabemos que a economia brasileira está aquecida, crescendo a 3,2%. O Banco Central, às vezes, se preocupa um pouquinho, se preocupa com a inflação, que a missão que ele tem é controlar a inflação. Então, natural”, declarou o ministro da Fazenda.

Haddad em NY

Além do chefe da Fazenda, o presidente Lula e outros ministros estão em Nova York, nos Estados Unidos, para participar da Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU).

Durante a viagem oficial, Haddad terá reuniões bilaterais com autoridades e empresários para tentar captar investimentos estrangeiros, sobretudo em transformação ecológica.

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