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Eclipse total do Sol abre chance de experimentos. Mas só tem 4 minutos

Fenômeno ocorre na próxima segunda-feira (8/4). Mais de 31 milhões de pessoas estarão na rota do eclipse, que não deve ser visto do Brasil

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Flickr/NASA Goddard Space Flight Center
Eclipse solar
1 de 1 Eclipse solar - Foto: Flickr/NASA Goddard Space Flight Center

A cada 18 meses, ocorre um eclipse solar total em algum lugar da Terra, um dos eventos mais raros que existem. O próximo será na segunda-feira, 8 de abril, e deve ser visto da cidade mexicana de Mazatlán, no litoral do Pacífico, até a Terra Nova, na costa leste do Canadá. No Brasil, o fenômeno do dia 8 não será visível.

Milhões de pessoas em toda a América do Norte deverão presenciar o fenômeno. A Lua vai bloquear totalmente o Sol e lançar sua sombra sobre a Terra, fazendo com que o dia no nosso planeta se torne quase noite.

Cientistas correm para preparar experimentos e observar o evento. Os locais que se encontram no trajeto da totalidade ficarão no escuro por não mais de quatro minutos. Mas esse curto período é suficiente para realizar alguns dos experimentos mais raros da ciência.

Cientistas animados com eclipse

Um golpe de sorte fez com que o Sol fosse 400 vezes maior do que a Lua e também ficasse 400 vezes mais longe da Terra do que o nosso satélite natural. Com isso, a Lua cobre totalmente o disco solar quando atinge o ponto de alinhamento perfeito entre o Sol e a Terra.

Na próxima segunda, os cientistas esperam observar a atmosfera solar – a coroa – enquanto ela dança em volta da Lua, a reação dos animais selvagens ao evento celestial e irão até lançar foguetes para observar como reage a atmosfera da Terra.

A estimativa é de que 31 milhões de pessoas estarão no trajeto do fenômeno. Este número é o dobro do último evento solar total que cruzou os Estados Unidos, em 21 de agosto de 2017.

O período de totalidade também é mais longo desta vez, em até dois minutos e meio, para a maioria dos observadores de 2017. O motivo é que, naquela ocasião, a Lua estava mais longe da Terra do que agora.

E a largura do trajeto deste evento também será quase duas vezes maior: cerca de 200 km contra apenas 110 km em 2017.

Estudos e fotos

Cada local específico da Terra observa um fenômeno solar, em média, apenas uma vez a cada 375 anos. Isso significa que muitas pessoas não vão apenas observar o Sol. Elas irão também fotografar este evento histórico.

Laura Peticolas, da Universidade Estadual de Sonoma, na Califórnia (EUA), pede a qualquer pessoa que fotografar o evento que se inscreva no seu projeto Megafilme do Eclipse, que procura reunir centenas de imagens de observadores em um único filme da totalidade.

Peticolas desenvolveu o mesmo projeto em 2017, mas observou que “não ficou tão bonito quanto tínhamos em mente”, por falta de imagens.

Por isso, desta vez, ela espera ter um conjunto de imagens muito maior, incluindo imagens profissionais do fenômeno, de melhor qualidade, para gerar um produto mais elaborado.

A esperança é que o megafilme revele detalhes da coroa solar, como ejeções de jatos e plasma quente brilhando em volta da Lua, evoluindo à medida que diferentes pessoas fizerem imagens ao longo do trajeto.

Normalmente, é extremamente difícil estudar esses eventos, exceto com telescópios especialmente projetados ou espaçonaves que possam bloquear o Sol. Mas um eclipse solar total permite que muitos observadores participem dos estudos.

Este evento deve ser particularmente notável, já que o Sol está caminhando para seu período de maior atividade, conhecido como máximo solar. Este período ocorre em ciclos de 11 anos, por razões que ainda não conhecemos totalmente

“Este será um eclipse muito maior, em termos de pessoas se dirigindo ao trajeto da totalidade”, afirma Peticolas. “Este projeto realmente capitaliza isso. Espero que cerca de 500 voluntários postem imagens.

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