É legítimo que jovens “se rebelem” contra a guerra, diz papa Francisco
Ele encorajou que a juventude questione decisões de “poucos poderosos que mandam milhares para o combate e para morrer”
atualizado
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O papa Francisco defendeu que é legítimo os jovens decidirem rebelar-se contra a guerra quando são “uns poucos poderosos” que mandam sobre a vida de milhares.
Em mensagem enviada aos participantes da Conferência da Juventude da União Europeia (UE), nesta segunda-feira (11/7), o pontífice ainda ressaltou que, caso jovens e mulheres dominassem o mundo, haveria menos conflitos.
“Agora todos devemos nos empenhar para pôr fim a esta loucura da guerra, onde, como de costume, uns poucos poderosos decidem e mandam milhares de jovens para combater e para morrer. Em casos como este, é legítimo rebelar-se”.
Assim como as mulheres, a juventude também tem um papel importante na promoção da paz, na visão do papa.
“Se o mundo fosse governado pelos jovens, não haveria tantas guerras também porque aqueles têm toda a vida diante de si, não a querem destroçar e desperdiçar, mas vivê-la em plenitude”.
“Façam barulho”
O pontífice continuou o discurso dizendo que enxerga de forma positiva as mudanças que a próxima geração deve trazer.
“Sei que a vossa geração tem boas cartas para jogar: são jovens atentos, menos ideológicos, habituados a estudar em outros países europeus, abertos a experiências de voluntariado, sensíveis às questões ambientais. Por isso, sinto que há esperança.”
Ele também fez um pedido: “Queridos jovens, façam ouvir a vossa voz! Se não vos ouvem, gritem ainda mais alto, façam barulho. Têm todo o direito de opinar sobre o que diz respeito ao vosso futuro. Encorajo-vos a serem empreendedores, criativos e críticos.”
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