Drones atingem prédios residenciais em Moscou, após ataque russo a Kiev
Kiev diz que não teve responsabilidade sobre ataque de drones a Moscou, que aconteceu após bombardeio russo à capital ucraniana
atualizado
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Prédios residenciais em Moscou foram atingidos por drones e moradores tiveram que deixar suas residências nesta terça-feira (30/5). Os estragos vieram depois do terceiro ataque da Rússia a Kiev, capital da Ucrânia, em 24 horas, e que deixou pelo menos uma pessoa morta e quatro feridos.
De acordo com o prefeito de Moscou, Sergei Sobyanin, duas pessoas procuraram assistência médica após o ataque de drones, mas nenhuma ficou gravemente ferida. Mesmo assim, segundo a agência de notícias estatal russa RIA informou que alguns moradores de um prédio tiveram que ser evacuados.
Por enquanto, ninguém reivindicou o ataque que, nas palavras de um comentarista da TV russa, teve 25 drones envolvidos. O governador da região de Moscou, Andrei Vorobyov, usou o Telegram para afirmar que vários drones foram abatidos ao se aproximarem da capital russa.
O Ministério da Defesa russo, no entanto, afirmou que somente oito drones foram usados e todos acabaram derrubados. E acusou diretamente o governo de Volodymyr Zelensky no ataque. “Esta manhã, o regime de Kiev lançou um ataque terrorista de drones na cidade de Moscou”, diz o texto no Telegram. “Oito drones do tipo aeronave foram empregados no ataque. Todos os drones inimigos foram abatidos. Três deles foram suprimidos por guerra eletrônica, perderam o controle e se desviaram dos alvos pretendidos”.
Perto da casa de Putin
O jornal The Independent, do Reino Unido, traz a informação de que um político russo sênior confirmou a presença da residência oficial de Vladimir Putin, presidente russo, no bairro de Rublyovka, onde os ataques aconteceram. Em uma postagem no Telegram, Alexander Khinshtein, membro do parlamento russo do bloco governista Rússia Unida, disse o local do ataque fica a apenas 10 minutos de carro da residência de Putin em Novo-Ogaryovo. .
O ex-presidente Dmitry Medvedev e o primeiro-ministro Mikhail Mishustin também possuem casas próprias em Rublyovka, bairro rico onde muitos empresários russos também moram.
Um assessor presidencial ucraniano negou que Kiev estivesse diretamente envolvido no ataque de drones. Mas previu que esse tipo de ação pode acontecer novamente. Também nesta terça-feira, aconteceu o terceiro bombardeio de Moscou à capital ucraniana em 24 horas. Foram usados 29 drones, todos derrubados depois pelas forças de Zelensky.
Mesmo assim, uma pessoa morreu e quatro ficaram feridas. “O ataque foi maciço, veio de diferentes direções, em várias ondas”, disse Serhiy Popko, chefe da administração militar de Kiev.