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Dono do Telegram quebra o silêncio e fala sobre prisão na França

O dono do Telegram, Pavel Durov, falou pela primeira vez após ser preso na França no fim de agosto

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Pavel Durov, fundador do aplicativo de troca de mensagens Telegram, quebrou o silêncio e falou pela primeira vez após ser preso na França, no fim de agosto. Em um comunicado publicado no próprio Telegram, nessa quinta-feira (5/9), o empresário da tecnologia questionou o episódio e as decisões de autoridades do país liderado por Emmanuel Macron, mas disse estar trabalhando para resolver problemas na plataforma que motivaram as acusações.

Em um longo comunicado, Durov disse não ter entendido o motivo de sua prisão, visto que o Telegram possuí um representante oficial na União Europeia (UE), bloco do qual a França faz parte.

“As autoridades francesas tinham várias maneiras de entrar em contato comigo para solicitar assistência. Como cidadão francês, eu era um convidado frequente no consulado francês em Dubai [onde mora]”, disse o empresário. “Há algum tempo, quando solicitado, eu pessoalmente ajudei a estabelecer uma linha direta com o Telegram para lidar com a ameaça do terrorismo na França”, declarou.

O programador, que nasceu na Rússia, afirmou que a abordagem da França foi “equivocada”, por ter usado a lei para “acusar um CEO de crimes cometidos por terceiros” no Telegram.

Durov afirmou que encontrar o ponto certo entre privacidade e segurança, e lembrou que a plataforma se retirou de países como a Rússia e o Irã por não concordar com as leis locais de regulação.

“Nesses casos, estamos prontos para deixar aquele país. Já fizemos isso muitas vezes”, disse.

O dono do Telegram disse que as práticas criminosas na plataforma aumentaram após o crescimento no número de usuários, e informou ter estabelecido como “objetivo pessoal” medidas para melhorar “significativamente as coisas nesse sentido”.

Indiciamento na França

Durov foi indiciado pela Justiça da França no último dia 28 de agosto, dois dias após ser preso ao chegar no aeroporto de Le Bourget. Ele foi libertado após pagar uma fiança de 5 milhões de euros (cerca de R$ 30 milhões), mas não pode deixar o país.

O Tribunal de Justiça de Paris informou que o dono do Telegram foi indiciado por “viabilizar” a prática de crimes na plataforma, entre eles pedofilia e tráfico de drogas, além de não cooperar com investigações francesas. 

 

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