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1 de 1 Bombeiros trabalham para extinguir um incêndio em um armazém causado por recente bombardeio russo em Kharkiv, Ucrânia
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Em grande ofensiva militar, as tropas de Vladimir Putin estão encurralando a região de Donbass. O leste do país, onde se concentram os separatistas pró-russos, vive um onda de terror. Nesta terça-feira (19/4), autoridades russas e ucranianas fizeram relatos do que tem sido chamado de “batalha de Donbass”.
“Dezenas de mísseis de alta precisão das forças russas neutralizaram 13 fortificações das unidades ucranianas”, informou o Ministério da Defesa da Rússia, em comunicado.
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A relação conturbada entre Rússia e Ucrânia, que desencadeou conflito armado, tem deixado o mundo em alerta para uma possível grande guerra
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A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito
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A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho, para evitar avanços de possíveis adversários nesse local
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Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 km
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Percebendo o interesse da Ucrânia em integrar a Otan, que é liderada pelos Estados Unidos, e fazer parte da União Europeia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou atacar o país, caso os ucranianos não desistissem da ideia
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Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do país
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A Rússia iniciou um treinamento militar junto à aliada Belarus, que faz fronteira com a Ucrânia, e invadiu o território ucraniano em 24 de fevereiro
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Por outro lado, a Otan, composta por 30 países, reforçou a presença no Leste Europeu e colocou instalações militares em alerta
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Apesar de ter ganhado os holofotes nas últimas semanas, o novo capítulo do impasse entre as duas nações foi reiniciado no fim de 2021, quando Putin posicionou 100 mil militares na fronteira com a Ucrânia. Os dois países, que no passado fizeram parte da União Soviética, têm velha disputa por território
AFP
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Além disso, para o governo ucraniano, o conflito é uma espécie de continuação da invasão russa à península da Crimeia, que ocorreu em 2014 e causou mais de 10 mil mortes. Na época, Moscou aproveitou uma crise política no país vizinho e a forte presença de russos na região para incorporá-la a seu território
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Desde então, os ucranianos acusam os russos de usar táticas de guerra híbrida para desestabilizar constantemente o país e financiar grupos separatistas que atentam contra a soberania do Estado
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O conflito, iniciado em 24 de fevereiro, já impacta economicamente o mundo inteiro. Na Europa Ocidental, por exemplo, países temem a interrupção do fornecimento de gás natural, que é fundamental para vários deles
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Embora o Brasil não tenha laços econômicos tão relevantes com as duas nações, pode ser afetado pela provável disparada no preço do petróleo
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O ministro russo de Negócios Estrangeiros, Sergei Lavrov, demonstrou otimismo com o sucesso da nova fase da guerra. “Tenho a certeza de que será muito importante para toda essa operação militar especial”, afirmou.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, monitora o cenário com preocupação. “As tropas russas se preparavam há muito tempo”, admite. Segundo ele, “parte significativa de todo o Exército russo está agora concentrada nesta ofensiva”.
A Rússia tem 76 grupos táticos de batalha na região de Donbass. Nos últimos dias, 11 deles foram acrescentados.
O governador da região de Lugansk, Serhiy Gaidai, pediu aos moradores da cidade que abandonem imediatamente a região, enquanto as forças russas continuam a atacar.
Há cerca de uma hora, ele confirmou que as forças russas assumiram o controle da cidade de Kreminna, no leste da Ucrânia. “Kreminna está sob controle dos russos. Eles entraram na cidade”, confirmou o responsável regional.
O prefeito de Kharkiv, Igor Terekhov, disse que as forças russas estão envolvidas em um “bombardeio ininterrupto de distritos civis”.
Em entrevista à CNN Internacional, Terekhov acusou a Rússia de atacar civis pacíficos. “O inimigo tem civis como alvo. Muitas pessoas estão feridas e algumas, infelizmente, mortas”, frisou.
Na prática, Moscou vê essa possibilidade como uma ameaça à sua segurança. Sob essa alegação, invadiu o país liderado por Zelensky, em 24 de fevereiro.
A tensão no Leste Europeu voltou a subir, após ao menos três ataques ucranianos contra o território russo.
A escalada da violência também é influenciada pelo naufrágio do navio militar Moskva, maior embarcação de guerra russa no Mar Morto. A Ucrânia reivindicou o ataque.
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