Dois americanos admitem ter ajudado Carlos Ghosn a fugir do Japão
Acusados afirmaram que ajudaram empresário a fugir do Japão dentro de caixa de equipamento de som em jatinho particular
atualizado
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Dois americanos admitiram que esconderam o ex-presidente da Nissan e da Renault Carlos Ghosn em uma caixa de equipamento de som para ajudá-lo a fugir do Japão para o Líbano. A confissão ocorreu nesta segunda-feira (14/6), em um tribunal de Tóquio. O brasileiro Carlos Ghosn foi preso em 2018 por suspeitas de violações financeiras.
Michael Taylor, um veterano do exército americano e ex-membro das forças especiais dos Estados Unidos e o filho, Pete Taylor, se declarraam culpados das acusações feitas pela promotoria japonesa logo no início do julgamento. Uma terceira pessoa, o libanês George-Antoine Zayek, também é acusado de ajudar na fuga, mas segue foragido.
Michael, de 60 anos, e Peter, de 28, podem ficar presos por até três anos caso sejam condenados. Eles estavam detidos no Estados Unidos desde maio do ano passado e chegaram a recorrer à Suprema Corte do país para evitar a extradição para o Japão. Michael e Peter alegaram que poderiam enfrentar condições semelheantes à tortura, mas o pedido não foi aceito e os dois foram extraditados para o Japão, em março deste ano.
Ghosn foi preso em 2018, acusado de subestimar a própria renda em mais de US$ 80 milhões ao longo de oito anos de relatórios financeiros da Nissan e de levar a montadora a pagar a companhia de um amigo na Arábia Saudita que o ajudou com um problema financeiro pessoal. Ele fugiu do Japão, onde estava em liberdade condicional até o julgamento, em um jatinho privado para o Líbano.