França e Alemanha criticam bloqueio dos EUA a refugiados
O ministro alemão, Sigmar Gabriel, lembrou que o amor ao vizinho é parte das tradições cristãs dos EUA
atualizado
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Os ministros das Relações Exteriores de França e Alemanha uniram-se neste sábado em suas críticas à decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de interromper o programa de refugiados americano. O ministro alemão, Sigmar Gabriel, notou que o amor ao vizinho é parte das tradições cristãs dos EUA.
O ministro francês, Jean-Marc Ayrault, disse que a decisão de Trump “só pode nos preocupar”. Ontem, Trump assinou uma ordem executiva que suspendeu a entrada nos EUA de refugiados de sete países de maioria muçulmana.
“Há muitos outros assuntos que nos preocupam, por isso Sigmar e eu também discutimos o que faremos. Quando nosso colega, Tillerson, for oficialmente apontado, nós dois entraremos em contato com ele”, afirmou a autoridade francesa.
Divisão
A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, afirmou neste sábado que ainda não há uma solução para o problema de como dividir de forma justa a carga que supõe a imigração entre os Estados integrantes da União Europeia. O assunto divide há anos o bloco de 28 países e ganhou mais relevância a partir de 2015, após uma onda de centenas de milhares de imigrantes procedentes de fora da Europa.
A Alemanha recebeu a maior parte desses imigrantes, mas insiste também que outros países precisam contribuir, seja aceitando mais pessoas ou destinando fundos para recebê-las.
A falta de solução sobre o assunto transformou-se em arsenal para os críticos de Merkel na Alemanha. A chanceler, que busca um quarto mandato nas eleições gerais de setembro, disse no sábado que insistirá em pedir “um pouco de solidariedade” de todos os Estados da UE, mas que “como se verá isso exatamente é algo que não posso dizer neste momento”.