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Casos de violência sexual em Ano Novo na Alemanha geram polêmica sobre refugiados no país

Entre os 31 suspeitos de violentar e assaltar mulheres em Colônia, há pelo menos 18 pessoas que solicitaram asilo ao país europeu

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1 de 1 angela merkel - Foto: Fotos Públicas/Divulgação

Pelo menos 18 pessoas que solicitaram asilo à Alemanha estão entre os 31 suspeitos de violentar e assaltar mulheres durante o Ano Novo da cidade de Colônia. A informação foi dada pelo porta-voz do Ministério do Interior, Tobias Plate, nesta sexta-feira (8/1). Relatos de que até 1 mil homens participaram de um ataque coordenado às mulheres durante as comemorações de rua da cidade chocaram o país. Testemunhas disseram que os suspeitos aparentavam ser do Oriente Médio e do norte da África, segundo o “New York Times”, o que levou a fortes críticas à decisão do governo alemão de não bloquear a chegada de refugiados.

A polícia de Colônia recebeu em torno de 170 denúncias de crimes, sendo 120 delas relacionadas a violência sexual. Centenas de homens se dividiram em grupos menores com a intenção de rodear mulheres e não permitir que escapassem. Após formarem as rodas em torno delas, os homens roubaram carteiras e celulares e apalparam as vítimas. A polícia confirmou três casos de violência sexual. Uma vítima disse que foi estuprada, segundo uma reportagem do “New York Times” publicada nesta terça-feira (5).

Dos 31 suspeitos investigados pela polícia de Colônia, nove são da Algéria, oito de Marrocos, cinco do Irã, quatro da Síria e um do Iraque. Os outros quatro são da Alemanha, Sérvia e Estados Unidos. As autoridades anunciaram a prisão de dois suspeitos nesta sexta (8), aparentemente porque tinham gravado vídeos dos ataques no celular. Os suspeitos, no entanto, foram libertados logo em seguida por falta de provas de que teriam participado da violência.

O chefe de polícia de Colônia foi afastado do cargo nesta sexta depois da mídia alemã apontar que o departamento demorou para lidar com as denúncias de violência de maneira adequada.

O caso gerou polêmica na Alemanha, o país europeu que mais recebeu refugiados em 2015 – cerca de 1 milhão, segundo a agência Reuters. Críticos da chanceler Angela Merkel, cujo governo não definiu um limite para o número de refugiados que podem solicitar asilo no país, afirmam que ela não antecipou as consequências socioeconômicas dessa decisão.

Merkel, por sua vez, condenou a ação dos suspeitos durante a festa de ano novo em Colônia. “A investigação será completa, para que os culpados sejam condenados, não importa a aparência deles, de onde eles são ou qual é o histórico deles”, afirmou.

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