Diplomata norte-coreano é suspeito por morte de irmão de Kim Jong-un
A polícia da Malásia também disse que houve tentativa de invasão ao necrotério onde é mantido o corpo, o que a levou a reforçar a segurança
atualizado
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A polícia da Malásia identificou um funcionário da embaixada norte-coreana e um empregado da companhia aérea estatal como dois dos sete suspeitos ainda foragidos no episódio da morte de Kim Jong-nam, meio-irmão do ditador da Coreia do Norte, Kim Jong-un. Isso reforça a suspeita de autoridades malaias de que o regime de Pyongyang está por trás do crime.
A polícia da Malásia também disse que alguém havia tentado invadir o necrotério onde é mantido o corpo de Kim, o que levou ao reforço da segurança no local.
A polícia acredita “fortemente” que quatro dos suspeitos fugiram da Malásia no dia do ataque e estão agora em Pyongyang. A polícia identificou no domingo o quarteto como Hong Song Hac, 34, Ri Jae Nam, de 57, Rhi Ji Hyon, de 33, e O Jong Gil, de 55, e inclusive divulgou o número de passaporte deles.
“Nós acreditamos que esses quatro estão fortemente envolvidos no ataque”, disse Khalid nesta quarta-feira. Segundo ele, a embaixada norte-coreana não tem ajudado na investigação. A polícia da Malásia pediu que a embaixada entregue Hyon e Kim Uk Il. “Caso eles se recusem a cooperar, então emitiremos mandados de prisão contra eles.”
A embaixada norte-coreana não comentou o assunto. As autoridades malaias se negam a aceitar a proposta de Pyongyang de uma investigação conjunta do caso.
Kim Jong-nam foi atacado por duas mulheres no Aeroporto Internacional de Kuala Lumpur quando esperava um voo para Macau. As suspeitas foram detidas e, segundo Khalid, elas haviam sido treinadas para cometer o crime. Ambas alegaram que pensavam que participavam de uma “pegadinha” para um programa de televisão com câmeras escondidas.
Khalid disse que as suspeitas sabiam que portavam uma substância venenosa e treinaram a operação em dois shoppings elegantes de Kuala Lumpur. Os investigadores ainda não determinaram a exata substância usada para a morte, mas Khalid disse que as suspeitas lançaram a substância no rosto do meio-irmão do ditador e não usavam luvas, apenas depois lavaram as mãos.