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Diário de guerra: cessar-fogo mais perto; Biden e Putin se estranham

O Metrópoles reúne as principais notícias do conflito: russos e ucranianos fazem “esboço” de acordo, enquanto líderes de EUA e Rússia brigam

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Reprodução governo de Belarus/Twitter/@belarusMFA
Bandeiras russia e ucrania
1 de 1 Bandeiras russia e ucrania - Foto: Reprodução governo de Belarus/Twitter/@belarusMFA

Pela primeira vez, em 21 dias de guerra, um possível acordo de cessar-fogo entre russos e ucranianos ganhou forma. Um documento balizaria 15 pontos para pôr fim aos bombardeios na Ucrânia, iniciados em 24 de fevereiro.

O rascunho do cessar-fogo foi revelado pelo jornal britânico Financial Times na tarde dessa quarta-feira (16/3). Três fontes que teriam participado da reunião detalharam os termos ao veículo, que chamou o documento de “plano de neutralidade”.

A Rússia exige que a Ucrânia não ingresse na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e rejeite a proteção dos Estados Unidos e respectivos aliados.

O governo ucraniano fez novos apelos para um cessar-fogo. A administração do presidente Volodymyr Zelensky citou o drama dos civis atingidos pela guerra e avisou: reconstruir o país hoje custaria ao menos US$ 500 bilhões. Para o leitor ter dimensão do impacto do conflito na realidade do país, seriam necessários, na cotação desta quarta do Banco Central do Brasil, cerca de R$ 2,5 trilhões para a reparação.

Após a divulgação de um esboço do que seria o acordo de paz entre russos e ucranianos, o presidente Volodymyr Zelensky fez pronunciamento e destacou claramente o que exige para negociar com o líder russo, Vladimir Putin: “Garantias de segurança nacional, soberania, restauração da integridade territorial, garantias de proteção reais para o país”.

Enquanto isso, o Kremlin, sede do governo russo, reagiu com veemência à crítica do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e disse que é “inaceitável” o chefe da Casa Branca chamar Putin de “criminoso de guerra”. O imbróglio começou após Biden anunciar ajuda financeira e militar para o governo ucraniano.

Veja, a seguir, os principais fatos do dia selecionados pelo Metrópoles:

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A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito
A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho, para evitar avanços de possíveis adversários nesse local
Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 km
Percebendo o interesse da Ucrânia em integrar a Otan, que é liderada pelos Estados Unidos, e fazer parte da União Europeia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou atacar o país, caso os ucranianos não desistissem da ideia
Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do país
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A relação conturbada entre Rússia e Ucrânia, que desencadeou conflito armado, tem deixado o mundo em alerta para uma possível grande guerra

Anastasia Vlasova/Getty Images
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A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito

Agustavop/ Getty Images
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A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho, para evitar avanços de possíveis adversários nesse local

Pawel.gaul/ Getty Images
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Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 km

Getty Images
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Percebendo o interesse da Ucrânia em integrar a Otan, que é liderada pelos Estados Unidos, e fazer parte da União Europeia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou atacar o país, caso os ucranianos não desistissem da ideia

Andre Borges/Esp. Metrópoles
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Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do país

Poca/Getty Images
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A Rússia iniciou um treinamento militar junto à aliada Belarus, que faz fronteira com a Ucrânia, e invadiu o território ucraniano em 24 de fevereiro

Kutay Tanir/Getty Images
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Por outro lado, a Otan, composta por 30 países, reforçou a presença no Leste Europeu e colocou instalações militares em alerta

OTAN/Divulgação
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Apesar de ter ganhado os holofotes nas últimas semanas, o novo capítulo do impasse entre as duas nações foi reiniciado no fim de 2021, quando Putin posicionou 100 mil militares na fronteira com a Ucrânia. Os dois países, que no passado fizeram parte da União Soviética, têm velha disputa por território

AFP
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Além disso, para o governo ucraniano, o conflito é uma espécie de continuação da invasão russa à península da Crimeia, que ocorreu em 2014 e causou mais de 10 mil mortes. Na época, Moscou aproveitou uma crise política no país vizinho e a forte presença de russos na região para incorporá-la a seu território

Elena Aleksandrovna Ermakova/ Getty Images
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Desde então, os ucranianos acusam os russos de usar táticas de guerra híbrida para desestabilizar constantemente o país e financiar grupos separatistas que atentam contra a soberania do Estado

Will & Deni McIntyre/ Getty Images
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O conflito, iniciado em 24 de fevereiro, já impacta economicamente o mundo inteiro. Na Europa Ocidental, por exemplo, países temem a interrupção do fornecimento de gás natural, que é fundamental para vários deles

Vostok/ Getty Images
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Embora o Brasil não tenha laços econômicos tão relevantes com as duas nações, pode ser afetado pela provável disparada no preço do petróleo

Vinícius Schmidt/Metrópoles

 

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