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Vinte e nove bebês prematuros que ainda estavam no hospital Al-Shifa, em Gaza, depois que o hospital foi evacuado no sábado (18/11), chegaram ao Egito nesta segunda-feira (20/11) pelo terminal de Rafah, a única abertura do território palestino para o mundo que não está nas mãos de Israel, informou a mídia estatal egípcia Al-Qahera News.
Os bebês foram removidos ainda no domingo (19/11) do hospital, que a Organização Mundial da Saúde (OMS) descreveu como uma “zona de morte”, e levados para o hospital Emirates em Rafah, no sul da Faixa de Gaza.
Um total de 31 bebês prematuros foram retirados do hospital Al-Shifa, mas não foi possível explicar imediatamente por que apenas 29 chegaram ao Egito. Nesta segunda-feira, quando os bebês chegaram ao país, o canal de televisão Al-Qahera News disse que os bebês estavam em incubadoras conectadas a equipamentos médicos.
Uma fonte médica disse à AFP que não se esperava que todos os bebês pudessem ser tratados no hospital em Al-Arich, a 45 quilômetros a oeste do posto de fronteira de Rafah. “Não há incubadoras suficientes no hospital de Al-Arich e algumas crianças terão de ser transferidas para Ismailia (200 km de distância) ou Cairo (a 300 km)”, disse a mesma fonte.
“Infecções graves”
A OMS, que ajudou a transferir os bebês do hospital Al-Shifa para o hospital Emirates em Rafah, disse no domingo (19) que “onze deles estão em estado crítico” e que todos estavam sofrendo de “infecções graves”.
“Nenhum dos bebês (dos que foram levados ao Egito) estava acompanhado por um membro da família porque o Ministério da Saúde tem apenas informações limitadas e não consegue encontrar seus pais imediatamente”, acrescentou a organização.
O exército israelense fez uma incursão em Al-Shifa na quarta-feira, alegando que o local abrigava uma base do Hamas, o que o movimento islâmico palestino nega.
O ataque sem precedentes do Hamas em 7 de outubro matou cerca de 1.200 pessoas em Israel, principalmente civis, de acordo com as autoridades.
Em retaliação, Israel está realizando uma ofensiva em Gaza com o objetivo de “exterminar” o Hamas, o que já causou pelo menos 13 mil mortes, incluindo mais de 5.500 crianças e 3.500 mulheres, conforme o último número de mortos divulgado pelo governo do movimento islâmico.