Destruição de barragem na Ucrânia deixa ao menos 3 mortos, diz Kiev
Ataque a uma barragem de usina da Ucrânia causou inundações em zona ocupada pela Rússia. Kremlin fala em 5 mortos e 23 feridos
atualizado
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A destruição de uma barragem de usina hidrelétrica em Kherson, ao sul da Ucrânia, deixou pelo menos três mortos, de acordo com autoridades ucranianas. O presidente do país, Volodymyr Zelensky, fez uma visita ao local nesta quinta-feira (8/6) para discutir operações de enfrentamento às inundações causadas pela destruição da estrutura.
A barragem está localizada ao sul ucraniano, em uma região de disputa. O lado esquerdo do rio Dnipro está sob comando dos ucranianos, enquanto o lado direito é atualmente controlado pela Rússia.
Os dois países trocam acusações sobre quem foi o responsável pelo atentado. Autoridades russas, por outro lado, falam em ao menos cinco mortes e 23 pessoas feridas. As informações são da agência Tass.
O governador de Kherson afirma que cerca de 600 km² da região estavam debaixo d’água – a maior parte, no lado do rio Dnipro ocupado pelos russos. Segundo ele, cerca de 2,7 mil casas em 15 assentamentos na região foram inundadas após o colapso da barragem.
Moscou declarou estado de emergência e afirma que ao todo, 22 mil pessoas foram afetadas, das quais pelo menos 6 mil precisaram deixar as residências nas áreas afetadas.
Colapso da barragem
Uma explosão destruiu, na madrugada de terça-feira (6/6), a barragem de uma usina hidrelétrica da Ucrânia, causando inundações em Kherson. O nível da água subiu cinco metros depois da explosão, deixando ilhas fluviais submersas.
Em nota, o Ministério das Relações Exteriores ucraniano chamou o episódio de “terrorismo ecológico”. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, convocou reunião de emergência com o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) em razão da gravidade do ataque.
“A destruição da barragem da usina hidrelétrica de Kakhovka apenas confirma para o mundo inteiro que eles devem ser expulsos de todos os cantos do território ucraniano. Nem um único metro deve ser deixado para eles, porque eles usam cada metro para o terror”, escreveu.
Por outro lado, o porta-voz do governo da Rússia, Dmitry Peskov, acusou os adversários ucranianos de sabotagem.
“Essa sabotagem tem o potencial de causar consequências gravíssimas para dezenas de milhares de moradores da região, consequências ambientais e consequências de outra natureza que ainda não foram estabelecidas”, prosseguiu.