metropoles.com

Desistência de Biden causa indefinição em democratas e favorece Trump

O presidente dos Estados Unidos deixou a disputa para a Casa Branca e anunciou que apoia a nomeação da vice-presidente, Kamala Harris

atualizado

Compartilhar notícia

Andrew Harnik/Getty Images)
Foto colorida de Joe Biden e Kamala Harris - Metrópoles
1 de 1 Foto colorida de Joe Biden e Kamala Harris - Metrópoles - Foto: Andrew Harnik/Getty Images)

Após dias sob pressão, o presidente dos Estados Unidos (EUA), Joe Biden, desistiu de tentar a reeleição. A decisão, embora atenda ao clamor de aliados, coloca o partido Democrata em uma situação complicada, já que não há definição sobre um substituto. Em paralelo, Donald Trump é o candidato oficial republicano e prepara o caminho para a Casa Branca.

Desde a performance desastrosa no debate realizado em junho, Biden sofria pressão de membros do próprio partido e de nomes influentes na política para que desistisse da candidatura. No foco das críticas, estava a capacidade física do democrata para comandar os Estados Unidos por mais um mandato.

Biden não apresentou os motivos que o levaram à decisão, mas disse que dará detalhes em comunicado à nação. “Embora tenha sido minha intenção buscar a reeleição, acredito que é do interesse do meu partido e do país renunciar e me concentrar exclusivamente no cumprimento dos meus deveres como presidente durante o resto do meu prazo”, afirmou.

O anúncio ocorreu em carta publicada no X (antigo Twitter), ocasião em que agradeceu à vice-presidente Kamala Harris por “ser uma parceira extraordinária em todo este trabalho”. Pouco depois, em uma nova publicação, Biden anunciou o apoio para que o partido nomeie a vice-presidente Kamala Harris.

No entanto, o apoio não significa que Harris será a candidata oficial do partido. No páreo ainda há outros nomes, entre eles do governador da Califórnia, Gavin Newsom; da governadora de Michigan, Gretchen Whitmer; e do governador de Kentucky, Andy Beshear.

Paulo Velasco, professor de política internacional da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), considera que a desistência de Biden demorou, apesar da insistência de colegas de partido.

“A desistência do Biden, ela, em primeiro lugar, responde, claro, a pressões muito evidentes de dentro do partido democrata, a pressões de doadores, mas é uma decisão que demorou a ser tomada. O terrível debate em que o mundo inteiro se deu conta das limitações cognitivas do Biden ocorreu há mais de três semanas, então, foram três semanas de alguma maneira perdidas por uma transição que não é simples, que não é trivial”, pontuou Velasco.

5 imagens
Biden concede coletiva de imprensa
Kamala Harris e Joe Biden
Ex-presidente Donald Trump é alvo de ataque armado
Donald Trump
1 de 5

Debate entre Donaldo Trump e Joe Biden

Justin Sullivan/Getty Images
2 de 5

Biden concede coletiva de imprensa

Kevin Dietsch/Getty Images
3 de 5

Kamala Harris e Joe Biden

Reprodução X
4 de 5

Ex-presidente Donald Trump é alvo de ataque armado

Anna Moneymaker/Getty Images
5 de 5

Donald Trump

Seth Wenig-Pool/Getty Images

O professor da Uerj enfatizou ainda que, apesar da ajuda de Biden à campanha de Kamala Harris, o nome dela precisa de amplo apoio do partido Democrata, visto que Donald Trump se vê com uma certa vantagem e pode construir uma ação para alcançar mais ainda a candidatura.

“Os desafios são menores. Do ponto de vista logístico e burocrático, é menos trabalhoso, até porque as doações já feitas para a campanha do Biden podem ser usadas pela Kamala, porque lá é parte da campanha do Biden, mas tem que se trabalhar o nome dela em termos de projeção nacional”, enfatizou Velasco.

“Claro que a campanha do Trump se vê em vantagem, porque agora não sabe sequer quem que vai concorrer pelo partido Democrata. Então, a vantagem que já era robusta é maior ainda. Desse modo, o partido Democrata precisava de um fato novo. Algo que desse impulso, que desse gás à campanha”, complementa.

Trump fortificado

Outro momento que surpreendeu na disputa eleitoral deste ano foi a tentativa de assassinato contra o ex-presidente Donald Trump. O bilionário levou um tiro de raspão na orelha direita, em Butler, Pensilvânia.

Um homem que assistia ao comício morreu, e o atirador, identificado como Thomas Matthew Crooks, de 20 anos, foi morto por agentes. O FBI investiga o ocorrido como tentativa de homicídio e possível caso de terrorismo doméstico. A situação surpreendeu a política norte-americana e promete impactar os rumos da disputa eleitoral.

Em primeiro discurso após o atentado, Trump citou a tentativa de assassinato: “Eu não deveria estar aqui esta noite”. O pronunciamento, de mais de uma hora e meia, foi marcado, no primeiro momento, por uma linha mais conciliadora, no entanto, depois, ele não poupou críticas ao opositor.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?