Descobridores dos microRNAs, Ambros e Ruvkun levam o Nobel de Medicina
Pesquisadores Victor Ambros e Gary Ruvkun receberão cerca de R$ 5,8 milhões pela descoberta dos microRNAs e seu papel na regulação genética
atualizado
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O prêmio Nobel 2024 de Medicina tem como ganhadores os pesquisadores Victor Ambros e Gary Ruvkun, segundo anunciou a Assembleia do Nobel no Instituto Karolinska, da Suécia, nesta segunda-feira (7/10), pela pela descoberta dos microRNAs e seu papel na regulação genética pós-transcricional. Os norte-americanos receberão um prêmio equivalente a R$ 5,8 milhões.
Os laureados dividem igualmente o prêmio, segundo o comitê do Nobel, “pelo impacto de suas contribuições no campo da biologia molecular”. Os microRNAs possibilitam o desenvolvimento das células do nosso corpo.
Natural de Berkeley, na Califórnia (EUA), Gary Ruvkun é médico e pesquisador vinculado ao Massachusetts General Hospital e à Harvard Medical School, em Boston (EUA), e foi premiado por sua pesquisa que revelou o papel dos microRNAs na regulação dos genes.
Segundo o Nobel, sua descoberta ajudou a entender melhor como os genes são ativados e desativados nas células.
Já Victor Ambros nasceu em Hanover, em New Hampshire (EUA), e atualmente é professor na Universidade de Massachusetts Medical School, em Worcester, Massachusetts.
Ambros compartilhou o Prêmio Nobel com Ruvkun por seu trabalho inovador na descoberta dos microRNAs, pequenas moléculas de RNA (ácido ribonucleico) que regulam a atividade genética e são fundamentais para o desenvolvimento das células.
Regulação da atividade genética
O comitê do Nobel afirmou que Ambros e Ruvkun levaram o prêmio por descobrirem uma nova classe de pequenas moléculas de RNA, chamadas de microRNAs (miRNAs).
Essas moléculas são fundamentais na regulação da atividade genética, ou seja, o processo que controla como as células funcionam e se desenvolvem.
Sem os microRNAs, as células e os tecidos não se desenvolvem corretamente. Quando a regulação por microRNAs não funciona, por exemplo, ela pode levar a doenças graves, como câncer e diabetes.
Assim, a função dos microRNAs é ajudar as células a selecionar quais genes devem ser expressos, garantindo que apenas as instruções necessárias sejam ativadas em cada tipo de célula.
A evolução do SARS-CoV-2 (o vírus que causa a Covid-19), por exemplo, foi influenciada pelos microRNAs humanos.
No caso da Covid, estudos indicam que os miRNAs, tanto do hospedeiro quanto do vírus, influenciam a infecção. Por isso, encontrar miRNAs que possam ajudar a reduzir a gravidade da COVID-19 é uma abordagem promissora.
Com informações do G1.