Depois de tufão, terremoto deixa 4 mortos e 30 desaparecidos no Japão
Um forte terremoto de 6,7 graus na escala aberta de Ritcher sacudiu nesta quinta-feira (6/9), data local, a Ilha de Hokkaido, norte do Japão, e causou deslizamentos de terra, nos quais morreram pelo menos quatro pessoas e desapareceram ao menos 30 pessoas. O terremoto ocorreu às 3h08, horário local, 15h08 da quarta-feira (5) em Brasília, […]
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Um forte terremoto de 6,7 graus na escala aberta de Ritcher sacudiu nesta quinta-feira (6/9), data local, a Ilha de Hokkaido, norte do Japão, e causou deslizamentos de terra, nos quais morreram pelo menos quatro pessoas e desapareceram ao menos 30 pessoas.
O terremoto ocorreu às 3h08, horário local, 15h08 da quarta-feira (5) em Brasília, e teve seu epicentro a 40 quilômetros de profundidade ao leste do município de Atsuma, segundo informou a Agência Meteorológica Japonesa (JMA). O terremoto alcançou o nível 6 superior na escala sísmica japonesa de 7 (centrada em medir a agitação da superfície terrestre) na cidade de Abira e o nível 6 em Chitose, ao sudeste de Sapporo.
Segundo o governo de Hokkaido, pelo menos quatro pessoas morreram e outras três foram encontradas “sem sinais vitais”, mas o óbito ainda não foi oficialmente confirmado. Mais de 290 moradores ficaram feridos e outras 30 ainda estão desaparecidas, diz o governo local. Várias casas foram sepultadas em Atsuma e Abira após o deslizamento de terra em áreas montanhosas.
Além disso, a usina nuclear de Tomari teve seu fornecimento elétrico externo interrompido, com o que se ativou seu sistema de alimentação de emergência para manter refrigerado o combustível atômico já usado que se encontra armazenado em piscinas. O regulador nuclear japonês afirmou que não foi detectada nenhuma anormalidade nos níveis de radiação em torno desta usina, que estava fora de serviço no momento do terremoto.
O terremoto também causou cortes de estradas, a suspensão de serviços ferroviários de alta velocidade que conectam Hokkaido com a ilha principal do arquipélago japonês e o fechamento do novo aeroporto de Chitose. Além disso, 3 milhões de casas ficaram sem fornecimento elétrico em Hokkaido por causa do terremoto. Essa é a primeira vez que um terremoto em Hokkaido alcança tamanha intensidade desde que o Japão revisou sua escala sísmica em 1996.
A JMA advertiu para o risco de desabamentos de edifícios e deslizamentos de terra, e da possibilidade de que haja um terremoto de intensidade similar na próxima semana, com mais probabilidade nos dois ou três dias posteriores. Até as 9h30 (21h30 de quarta-feira), a agência meteorológica tinha contabilizado 45 réplicas, algumas das quais superaram 4 e 5 graus na escala Richter.
O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, deu instruções para que se tome medidas para evitar a perda de vidas durante uma reunião de emergência de seu gabinete, e informou que 4.000 membros das Forças de Autodefesa (exército) estão colaborando nos trabalhos de resgate, número que preveem aumentar até 25.000 efetivos. Nos últimos dias, o país vem sendo castigado pelo mais potente tufão registrado nos últimos 25 anos, o Jebi, que deixou 9 mortos e mais de 300 feridos.