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Cúpula do G7 convoca reunião de emergência após bombardeios à Ucrânia

Grupo que conta com os Estados Unidos e as seis das maiores economias do mundo se reúne nesta terça-feira (11/10) após novos ataques russos

atualizado

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Reprodução/Twitter/Zelensky
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1 de 1 ataques ucrania 1010 - Foto: Reprodução/Twitter/Zelensky

Líderes mundiais do G7, grupo que inclui sete das maiores economias do mundo, convocaram reunião de emergência após novos ataques da Rússia a várias cidades ucranianas nesta segunda-feira (10/10). No encontro, marcado para terça (11/10), chefes de Estado pretendem discutir — com a participação do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky — a escalada do conflito no Leste Europeu.

A convocação foi confirmada pelo governo da Alemanha, e ocorre em meio à preocupação global com a extensa ofensiva russa nesta manhã. O ataque foi o maior desde o início da guerra, em fevereiro, e mirou pelo menos 10 cidades em território ucraniano.

Os bombardeios ocorreram em retaliação à explosão que derrubou um trecho da ponte que liga a Península da Crimeia ao território continental russo, no último sábado (8/10).

Nas redes sociais, Zelensky afirmou ter conversado por telefone com a primeira-ministra do Reino Unido, Liz Truss, com o presidente da França, Emmanuel Macron, e com o chanceler alemão e atual presidente do G7, Olaf Scholz. Os líderes mundiais prometeram intensificar a cooperação com a Ucrânia após os ataques.

“Firmei acordo com o primeiro-ministro da Alemanha, Olaf Scholz, que ocupa a presidência do G7, para uma reunião urgente do grupo”, disse Zelensky. “Também discutimos a questão do aumento da pressão sobre a [Rússia] e ajuda na restauração da infraestrutura danificada.”

Scholz confirmou que os países da Europa estão firmemente ao lado da Ucrânia. “Nenhum de nós aceita as frágeis tentativas da Rússia de tomar partes da Ucrânia em violação do direito internacional.”

A última cúpula do G7 ocorreu há menos de quatro meses, na Alemanha. O evento reuniu os líderes Joe Biden (EUA), Boris Johnson (Reino Unido), Olaf Scholz (Alemanha), Mario Draghi (Itália), Justin Trudeau (Canadá), Emmanuel Macron (França), Fumio Kishida (Japão) Ursula von der Leyen (Comissão Europeia) e Charles Michel (Conselho Europeu). A Rússia foi suspensa do grupo, em 2014 após a anexação da Crimeia.

Preocupação mundial

A comunidade internacional viu com preocupação a ofensiva desta segunda – inclusive países historicamente aliados à Rússia, como China e Índia. Estas duas nações, que aliviaram as sanções econômicas impostas ao Kremlin com a compra do petróleo, têm buscado manter distância do conflito e evitam tecer críticas diretamente a Putin.

Porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Mao Ning defendeu, em entrevista coletiva, que “todos os países merecem respeito à sua soberania e integridade territorial”, e justificou que “deve ser dado apoio a todos os esforços que conduzam à resolução pacífica da crise”.

O representante da Índia, Arindam Bagchi, reforçou a “profunda preocupação” do seu governo com o agravamento do conflito e informou que pretende apoiar os esforços para conter embates em território ucraniano.

Escalada do conflito

A Rússia voltou a intensificar os ataques contra a Ucrânia nesta segunda-feira (10/10). O governo ucraniano confirmou que explosões deixaram mortos e feridos em Kiev, capital do país.

De acordo com a polícia de Kiev, 11 pessoas morreram na investida contra o distrito central de Shevchenkivskyi e 60 ficaram feridas.

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