Crianças estão entre os 12 mortos por explosões de pagers do Hezbollah
Número de mortos por explosões de pagers no Líbano subiu para 12, incluindo duas crianças. Feridos chegam a 3 mil
atualizado
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Duas crianças estão entre os 12 mortos e 3 mil feridos vítimas de uma onda de explosões envolvendo dispositivos de mensagens do tipo pager, nessa terça-feira (17/9), usados por membros do grupo xiita Hezbollah, em diversas localidades do Líbano e em parte da Síria.
Uma das crianças era uma menina de 10 anos e, entre os feridos, está o embaixador do Irã em Beirute, Mojtaba Amani. O ataque foi amplamente atribuido a Israel. As informações são do The Guardian.
Entre as quase 3 mil pessoas feridas após as detonações de pagers, 1,8 mil foram hospitalizadas e 460 precisaram de cirurgia para ferimentos graves, segundo a agência nacional de notícias do Líbano.
De acordo com Ziad Makary, ministro de Informações do Líbano, o país está se prepara para apresentar queixa ao Conselho de Segurança da ONU sobre o incidente, que ele chamou de “um ataque flagrante à soberania libanesa, que teve como alvo civis, não apenas membros do Hezbollah“.
Apoio internacional
O Líbano recebeu, nesta quarta-feira (18/9), ajuda médica do Irã, Iraque e Jordânia. Além disso, o presidente do Egito, Abdel Fattah al-Sisi, ofereceu apoio ao Líbano, após regeitar qualquer tentativa de escalada de violência na região.
O presidente turco, Recep Tayyip Erdoğan se posicionou sobre as explosões mortais de pagers ao primeiro-ministro libanês Najib Mikati, através de um telefonema. Segundo a imprensa local, Erdoğan disse a Mikati que as tentativas de Israel de espalhar conflitos em Gaza para a região mais ampla eram perigosas e que os esforços para impedir Israel continuariam.
Já o Ministério das Relações Exteriores da Rússia afirma que o ataque foi “deliberadamente” projetado para “provocar uma grande guerra no Oriente Médio”. A porta-voz Maria Zakharova descreveu o o corrido como “mais um ato de guerra híbrida contra o Líbano que prejudicou milhares de pessoas inocentes” e exigiu uma investigação.
Por fim, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã , Nasser Kanaani, descreveu o ato como “operação terrorista… [que] viola todos os princípios morais e humanos, o direito internacional, especialmente o direito internacional humanitário, e justifica processo criminal internacional, julgamento e punição”.