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Corredor humanitário marítimo para Faixa de Gaza é anunciado

União Europeia e Estados Unidos afirmam que corredor humanitário ficará entre o Chipre e a Faixa de Gaza

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Costa da Faixa de Gaza que pode ser usada para corredor humanitário marítimo
1 de 1 Costa da Faixa de Gaza que pode ser usada para corredor humanitário marítimo - Foto: Abed Rahim Khatib/Anadolu via Getty Images

A União Europeia e os Estados Unidos anunciaram a abertura de um corredor humanitário marítimo entre o Chipre e a Faixa de Gaza para levar ajuda ao território palestino. É a primeira vez que algo do tipo é tentado desde o início da guerra entre o grupo extremista Hamas e Israel, em 7 de outubro de 2023.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, já havia anunciado na quinta-feira (7/3) uma grande operação humanitária pelo mar. Segundo as autoridades americanas, ela envolveria a construção de um “embarcadouro temporário” em Gaza para permitir a chegada da ajuda, que pode levar várias semanas.

A medida permitirá um aumento da chegada de alimentos e outros produtos de primeira necessidade em Gaza, após uma verificação de segurança que atenda as exigências feitas pelos israelenses.

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Os corredores são zonas desmilitarizadas, ou seja, não são ocupadas por forças militares e funcionam como uma forma de acesso legal dos civis a áreas fora da guerra
A Organização das Nações Unidas (ONU) considera os corredores humanitários uma das formas possíveis de uma pausa temporária em um conflito armado
Os corredores são necessários quando as cidades estão sitiadas e a população está sem suprimentos básicos de alimentos, eletricidade e água. Para funcionar, todas as partes envolvidas no conflito concordam com a pausa temporária
Na maioria dos casos, os corredores humanitários são negociados pela ONU. Às vezes, eles também são criados por grupos locais
Eles podem ser usados também ​​para contrabandear armas e combustível para cidades sitiadas. Por outro lado, observadores da ONU, ONGs e jornalistas os utilizam para obter acesso a áreas contestadas
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Diante do conflito entre a Rússia e a Ucrânia, o termo "corredores humanitários" tem sido utilizado no noticiário internacional para se referir à retirada de civis da área de conflito e para o fornecimento de suprimentos para as regiões ucranianas dominadas por tropas russas

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Os corredores são zonas desmilitarizadas, ou seja, não são ocupadas por forças militares e funcionam como uma forma de acesso legal dos civis a áreas fora da guerra

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A Organização das Nações Unidas (ONU) considera os corredores humanitários uma das formas possíveis de uma pausa temporária em um conflito armado

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Os corredores são necessários quando as cidades estão sitiadas e a população está sem suprimentos básicos de alimentos, eletricidade e água. Para funcionar, todas as partes envolvidas no conflito concordam com a pausa temporária

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Na maioria dos casos, os corredores humanitários são negociados pela ONU. Às vezes, eles também são criados por grupos locais

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Eles podem ser usados também ​​para contrabandear armas e combustível para cidades sitiadas. Por outro lado, observadores da ONU, ONGs e jornalistas os utilizam para obter acesso a áreas contestadas

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O acesso aos corredores humanitários é determinado pelas partes em conflito. Geralmente, é limitado a atores neutros, à ONU ou a organizações de ajuda como a Cruz Vermelha

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Eles também determinam o tempo, a área e quais meios de transporte – caminhões, ônibus ou aviões – podem usar o corredor

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Corredores humanitários foram criados desde meados do século 20. Durante o chamado "Kindertransport", de 1938 a 1939, crianças judias foram evacuadas para o Reino Unido de áreas sob controle nazista

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Corredores humanitários também foram criados durante o cerco a Sarajevo, na Bósnia, entre 1992 e 1995, e para a evacuação da cidade de Ghouta, na Síria, em 2018

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Em casos raros, as zonas são organizadas apenas por uma das partes em conflito. Isso aconteceu com o transporte aéreo americano após o bloqueio de Berlim pela União Soviética, de 1948 a 1949

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De acordo com a ONU, das 2,4 milhões de pessoas no território, 2,2 milhões estão em risco de fome e sem comida e água potável. Cerca de 1,7 milhão de foram deslocadas pelos combates e os ataques israelenses destruíram quase totalmente a infraestrutura no enclave.

Corredor humanitário a partir de domingo

“Estamos muito perto da abertura deste corredor, espero que neste domingo”, disse a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, no porto de Larnaca, no sul de Chipre, o país da União Europeia mais próximo de Gaza. Israel teria apoiado a iniciativa.

Comunicado conjunto divulgado pelos participantes diz que “a situação humanitária em Gaza é terrível”.

“É por isso que a Comissão Europeia, a Alemanha, a Grécia, a Itália, os Países Baixos, o Chipre, os Emirados Árabes Unidos, o Reino Unido e os Estados Unidos anunciam hoje sua intenção de abrir um corredor marítimo para fornecer ajuda humanitária adicional, o que é urgente”, aponta a nota.

Embora reconheçam que esta operação será “complexa”, a UE e os EUA sublinharam sua determinação em trabalhar para “garantir que a ajuda seja prestada da forma mais eficiente possível”.

Acompanhada pelos primeiros-ministros grego, Kyriakos Mitsotakis, e belga, Alexander De Croo, Von der Leyen deve viajar em 17 de março para o Egito, que está mediando o conflito e mantém fechada sua fronteira terrestre com o enclave.

Na sexta-feira (8/3), vários países árabes e ocidentais, incluindo os Estados Unidos e a França, realizaram novas remessas aéreas de alimentos e ajuda médica.

Mas estes lançamentos aéreos, assim como o envio de ajuda por mar, não podem substituir a rota terrestre, segundo a ONU, que alerta para uma “fome generalizada quase inevitável” em Gaza.

Cinco pessoas morreram e outras 10 ficaram feridas na sexta-feira quando pacotes de ajuda foram lançados por aviões na cidade de Gaza, de acordo com uma fonte hospitalar.

Após cinco meses de guerra, desencadeada em 7 de outubro por um ataque do Hamas a Israel, o país vem bombardeando o território palestino diariamente. Nas últimas 24 horas, pelo menos 78 pessoas morreram, subindo para 30.878 o número de mortos em Gaza desde o início do conflito, segundo o Hamas.

Confira a matéria completa no portal RFI, parceiro do Metrópoles.

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