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Coreia do Norte encerra esforço por reunificação e não descarta guerra

Kim Jong-un disse não ter o desejo de iniciar uma guerra sozinho, mas que Coreia do Norte não vai recuar caso conflito exploda

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Foto colorida de Kim Jong Un com uma arma - Metrópoles
1 de 1 Foto colorida de Kim Jong Un com uma arma - Metrópoles - Foto: Reprodução/KCNA

O ditador Kim Jong-un afirmou que a Coreia do Norte não deseja iniciar uma guerra contra a Coreia do Sul e os Estados Unidos, mas deixou claro que o país estará pronto para se defender caso um conflito exploda na região. A declaração do líder norte-coreano aconteceu nesta terça-feira (16/1), durante uma reunião da Assembleia Popular Suprema norte-coreana.

“Não há razão para optar pela guerra e, portanto, não há intenção de ir unilateralmente à guerra. Mas uma vez que uma guerra se torne uma realidade que enfrentamos, nunca tentaremos evitá-la e tomaremos medidas perfeitas e rápidas, cuidadosamente preparados para defender a nossa soberania, a segurança dos povos e o direito à existência”, declarou o ditador.

Durante seu discurso, Kim Jong-un acusou os Estados Unidos de desestabilizar a península coreana. Por isso, disse ele, as forças militares da Coreia do Norte estão sendo “preparadas” e “rapidamente atualizadas” para aplicar uma derrota “inimaginavelmente esmagadora” contra os estadunidenses em caso de conflito.

O ditador ainda anunciou o fim dos esforços para uma reunificação, e determinou o fechamento de agências de cooperação com a Coreia do Sul. Segundo Kim, é impossível seguir um caminho de “restauração nacional” com Seul, que, segundo ele, “adotou como política de Estado o confronto total com a nossa República, sonhando do ‘colapso do nosso governo’ e da ‘unificação por absorção'”.

Desde 2000, os dois países – que um dia foram um só mas foram divididos em 1945 – iniciaram um processo onde concordaram em implementar um processo na qual uma possível reunificação pacífica das duas Coreias.

Após as falas de Kim Jong-un, o presidente sul-coreano, Yoon Suk Yeol, disse que se curvar às ameaças do país vizinho apenas mergulhará a segurança da Coreia do Sul em um “perigo ainda maior”.

“Nossos militares têm uma capacidade de resposta esmagadora. Se a Coreia do Norte nos provocar, nós os puniremos com mais severidade”, declarou o líder da Coreia do Sul.

Clima hostil se arrasta

As declarações do líder norte-coreano se somam a episódios recentes que aumentaram o perigo de guerra entre as Coreias.

Desde o último ano, a retórica militar cresceu na região, com Kim Jong-un aumentando o tom diversas vezes e realizando ameaças contra os Estados Unidos e a Coreia do Sul.

Além dos discursos inflamados, com ameaças de uso de armas nucleares e pedidos de preparação para uma possível guerra, o líder norte-coreano conduziu diversos testes balísticos que acenderam um alerta no país vizinho.

Já a Coreia do Sul utilizou da aliança com os Estados Unidos para dissuadir um possível conflito com a Coreia do Norte, realizando exercícios militares conjuntos simulando um possível conflito real. 

O ponto de tensão mais recente entre os dois países aconteceu no início deste ano, quando mais de 200 projéteis disparados pela Coreia do Norte caíram em um mar próximo a duas ilhas sul-coreanas.

Na ocasião, a Coreia do Sul ordenou a evacuação da área e, em reposta, realizou um exercício militar com o uso de munição real na região. 

 

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