Com Coreia do Norte unida a Putin, sul-coreanos buscam a Ucrânia
Kim Jong-un é acusado de se unir a Putin e enviar soldados da Coreia do Norte para lutar ao lado dos russos contra a Ucrânia
atualizado
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Após a possível presença norte-coreana ao lado de militares da Rússia na guerra, o governo da Coreia do Sul anunciou o envio de uma delegação para a Ucrânia, com o objetivo de discutir o assunto e “medidas de cooperação”. A medida foi divulgada nessa segunda-feira (23/10) pelo presidente Yoon Suk Yeol, após telefonema com os chefes da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e União Europeia (UE).
Durante conversa com o secretário-geral da Otan, Mark Rutte, Yoon informou que o grupo sul-coreano deve visitar a Ucrânia nos próximos dias, e se reunir com autoridades de inteligência do país liderado por Volodymyr Zelensky.
Segundo a mídia estatal da Coreia do Sul, estão previstos o compartilhamento de informações sobre o assunto e a discussão de possíveis medidas de cooperação entre os dois países após a união entre Vladimir Putin e Kim Jong-un.
O encontro entre autoridades da Coreia do Sul e Ucrânia surge em meio as acusações de que tropas do regime Kim Jong-un estão atuando na guerra do Leste Europeu, ao lado de militares russos. Além dos sul-coreanos, os Estados Unidos e a Otan também anunciaram ter indícios da união militar entre Coreia do Norte e Rússia no conflito.
Apesar de Putin e Kim terem assinado um tratado em junho deste ano que prevê, entre outras coisas, a ajuda mútua caso algum dos países seja agredido por terceiros, os governos da Rússia e Coreia do Norte ainda não confirmaram a possível presença de norte-coreanos na guerra.
Até o momento, ainda não está claro como a Coreia do Sul pretende cooperar com a Ucrânia caso a união entre russos e norte-coreanos se confirme. Seul, no entanto, já informou que pode mudar sua política de ajuda aos ucranianos, liberando o envio de armamentos para o país.