Coreia do Norte é acusada de hackear Pfizer para roubar dados
Citando o serviço de inteligência da Coreia do Sul, parlamentar diz que hackers norte-coreanos tentaram invadir os sistemas de computação
atualizado
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Hackers norte-coreanos tentaram roubar informações sobre vacinas e tratamentos contra a Covid-19, denunciou nesta terça-feira (16/2) o serviço de inteligência da Coreia do Sul. Segundo um parlamentar sul-coreano, a farmacêutica Pfizer foi alvo da tentativa de ciberataque.
O Serviço Nacional de Inteligência de Seul “nos informou que a Coreia do Norte tentou obter tecnologia envolvendo a vacina e o tratamento contra a Covid-19 usando guerra cibernética para invadir a Pfizer”, disse Ha Tae-keung, um membro da oposição no painel de inteligência parlamentar sul-coreano.
Há tempos a Coreia do Norte é acusada de operar um exército de milhares de hackers bem treinados que atacam empresas, instituições e pesquisadores na Coreia do Sul e em outros países, em busca de informações sigilosas ou mesmo dinheiro para financiar seu programa nuclear — conforme acusou a ONU em um relatório confidencial divulgado na semana passada.
Especialistas em saúde acreditam que os hackers norte-coreanos estariam mais interessados em vender os dados roubados sobre as vacinas do que usá-los para desenvolver um imunizante em seu território.
A vacina da Pfizer, desenvolvida em parceria com a alemã Biontech, foi a primeira contra a Covid-19 a ser aprovada para uso emergencial no Ocidente, ainda no ano passado.
Em dezembro, as duas empresas já haviam afirmado que documentos relacionados à vacina foram “acessados ilegalmente” durante um ciberataque a um servidor da Agência Europeia de Medicamentos (EMA), que regula remédios na Europa.
A declaração foi feita depois que a EMA, com sede em Amsterdã, disse ter sido vítima de um ataque de hackers, sem especificar quando ocorreu ou se o trabalho contra a Covid-19 era o alvo.
Coreia do Norte se diz livre do coronavírus
A Coreia do Norte está isolada desde o fechamento de suas fronteiras em janeiro de 2020, visando se proteger do vírus detectado pela primeira vez na China e que acabou se espalhando pelo mundo, matando mais de 2,4 milhões de pessoas, segundo dados oficiais.
O líder Kim Jong-un tem insistido repetidamente que o país até hoje não registrou nenhum caso de coronavírus, embora especialistas externos duvidem dessas afirmações.