Coreia do Norte diz que usará armas nucleares se Coreia do Sul atacar
Irmã do ditador coreano, Kim Yo-jong criticou as falas de ministro sul-coreano, que mencionou facilidade em acertar alvos no país
atualizado
Compartilhar notícia
Irmã do ditador norte-coreano Kim Jong Un e membro da Comissão de Assuntos do Estado (CAE), Kim Yo-jong fez duras críticas a falas do ministro da Defesa sul-coreano, Suh Wook. Ele afirmou que suas tropas teriam capacidade de acertar alvos ao norte da península “com precisão e rapidez”.
“A Coreia do Sul poderia enfrentar uma grave ameaça devido aos comentários imprudentes de seu ministro da Defesa. (…) A Coreia do Sul deve se disciplinar se deseja evitar um desastre”, afirmou Kim Yo-jong.
As declarações foram feitas para a agência estatal KCNA. “Sua retórica imprudente e desmedida sobre ‘ataques preventivos’ piorou ainda mais as relações intercoreanas e a tensão militar na península coreana”, continuou.
A ameaça de uso de armas nucleares em represália ao território sul-coreano vem em momento no qual a Coreia do Norte retoma testes pausados em 2017. Mesmo com as proibições internacionais feitas ao país, Pyongyang reiniciou testes com um míssil balístico intercontinental depois de quatro anos, há duas semanas.
Segundo a guarda costeira do Japão, o projétil teria caído dentro da zona exclusiva japonesa, 170 km a oeste da província de Aomori. Fumio Kishida, primeiro-ministro do Japão, classificou o exercício como um “ato de violência inaceitável”.
Em resposta ao lançamento, a Coreia do Sul prontamente respondeu com o lançamento de um míssil terra-terra Hyunmoo-2, um míssil do Sistema de Mísseis Táticos do Exército (ATACMS), um míssil navio-terra Haesung-II e dois mísseis ar-terra. O comunicado foi feito pelo Estado-Maior Conjunto.
“Foi confirmado que, no caso do lançamento de mísseis da Coreia do Norte, (nós) temos a capacidade e a postura de atacar com precisão a origem do lançamento do míssil e as instalações de comando e apoio a qualquer momento”, afirmou Suh Wook, na ocasião.