COP26: segunda versão do relatório final suaviza obrigações climáticas
Texto, entretanto, mantém referência inédita aos combustíveis fósseis
atualizado
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A segunda versão do rascunho final da COP26 foi publicada na manhã desta sexta-feira (12/11), último dia da conferência climática. Apesar de manter a menção inédita aos combustíveis fósseis, o documento suaviza a linguagem inicialmente usada para cobrar o fim de subsídios a essa fonte de energia.
A mudança principal foi na inclusão das palavras “inabalável” e “ineficientes” no trecho “a supressão progressiva da energia inabalável produzida com carvão e dos subsídios ineficientes aos combustíveis fósseis”.
O acréscimo de “inabalável”, em especial, permite que os países possam continuar usando a fonte de energia caso capturem parte do dióxido de carbono que emitem.
A alteração foi fruto da forte reação contrária de países exportadores de petróleo e gás, como Rússia e Arábia Saudita, à versão inicial do acordo.
O texto final, entretanto, ainda é discutido por representantes dos quase 200 países que participam da conferência.
A segunda versão do rascunho ainda propõe uma divisão entre os países, ao determinar que as promessas devem levar em conta “diferentes circunstâncias nacionais”. Além disso, o texto ameniza a linguagem e “pede” que as nações apresentem novas metas na convenção do próximo ano.
Por fim, o documento mantém o trecho que determina a necessidade de reduzir o aumento da temperatura até 2100 para 1,5°C, nível menor do que o aumento de 2°C previsto, caso não sejam tomadas medidas.
Veja o documento na íntegra, em inglês, abaixo:
Segunda versão rascunho COP26 by Metropoles on Scribd