Contra “catástrofe humanitária”, Europa planeja mais sanções à Rússia
Bloco segue disposto a “apoiar a Ucrânia e prejudicar o financiamento da máquina de guerra do Kremlin”
atualizado
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A União Europeia voltou a defender mais sanções econômicas contra a Rússia. Para o bloco, a “catástrofe humanitária” conduzida pelo presidente russo, Vladimir Putin, precisa parar.
Nesta sexta-feira (11/3), após reuniões com líderes de países do bloco, o alto representante da União Europeia, Josep Borrell, afirmou, em comunicado, que o bloco segue disposto a apoiar a Ucrânia e prejudicar “o financiamento da máquina de guerra do Kremlin”.
Segundo ele, a Rússia comete atrocidades que são crimes de guerra, o que o levou a propor a imposição de sanções contra mais cidadãos e companhias russas.
Borrell fez criticas a Putin: “Está tentando destruir a Ucrânia, mas as sanções estão atingindo duramente seu regime”.
Antes da declaração, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, decretou novas sanções econômicas contra a Rússia. Agora, os norte-americanos não poderão comprar bebidas (como vodka), pescados (como o caviar) e pedras preciosas (como diamantes) russos.
Nesta sexta-feira (11/3), em pronunciamento transmitido ao vivo de Washington, Biden adiantou que novas penalidades são estudadas. Os ucranianos vivem o 16º dia de invasão e bombardeios.
“A situação da economia russa piora a cada dia. A Bolsa de Valores vai colapsar quando abrir”, frisou Biden. A Bolsa de Moscou está fechada há duas semanas.
Os americanos já haviam proibido a compra de petróleo russo, o que desestabilizou o mercado internacional e foi considerada a sanção mais dura até agora.
O Departamento de Comércio dos Estados Unidos anunciou nesta sexta-feira a proibição de exportações de bens de luxo para a Rússia e para Belarus, em resposta à invasão da Ucrânia.
A medida faz parte de uma série de novas sanções anunciadas pelo presidente Joe Biden – dentre elas, o fim do comércio normal com a Rússia.
A nova rodada de boicote aos produtos russos ocorre um dia após a Rússia proibir a exportação de uma série de produtos feitos no território comandado por Vladimir Putin.
O contragolpe foi um recado geopolítico. Os russos também vão boicotar o comércio internacional, caso o Ocidente continue a penalizar a economia do país com sanções cada vez mais duras.
Putin proibiu a venda de 200 produtos até 2023. Além disso, suspendeu temporariamente as relações com quatro países da União Econômica da Eurásia (UEE).
Putin manda governo sabotar sanções e proíbe a venda de 200 produtos.
Drones, aviões, açúcar, trigo, centeio, cevada, milho, equipamentos tecnológicos, equipamentos de telecomunicações, veículos, máquinas agrícolas, equipamentos elétricos, locomotivas, contêineres, turbinas de aeronaves, máquinas para corte de metais e pedras, displays de vídeo, entre outros produtos russos deixarão de ser vendidos.
Até 31 de agosto deste ano, Armênia, Belarus, Cazaquistão e Quirguistão ficarão sem o fornecimento de alimentos exportados pela Rússia. O Kremlin, sede do governo, explica que a medida serve para garantir o mercado doméstico.