1 de 1 Kiev foi atacada pela Rússia após explosão na ponte de Kerch, na Crimeia
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O vice-secretário do Conselho de Segurança da Rússia, Alexander Venediktov, afirmou, em entrevista à agência Tass, que a adesão da Ucrânia à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) pode levar à Terceira Guerra Mundial. A autoridade diz que o pedido de Volodomyr Zelensky é somente “um movimento de propaganda” para criar ruído informativo e chamar a atenção para si mesmos mais uma vez.
“Kiev está bem ciente de que tal passo significaria uma escalada garantida para a 3ª Guerra Mundial”, disse Venediktov. Como de praxe, ele também aproveitou para criticar o governo ucraniano, afirmando que muitos membros da alta cúpula “estão fora de contato com a realidade” e, por isso, não estranharia que alguém acreditasse realmente que é algo possível.
O pedido para a entrada imediata da Ucrânia na Otan foi feito por Kiev, mas o assunto está sendo debatido. Enquanto isso, a organização e o G7 (grupo dos sete países mais industrializados do mundo) continuam fornecendo armas e equipamentos de defesa para os ucranianos. Esses envios aumentaram depois de novos ataques russos ao país, consequência da explosão que destruiu parte da ponte de Kerch, que liga a Crimeia à Rússia.
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Otan é a sigla para Organização do Tratado do Atlântico Norte, uma aliança militar intergovernamental criada em 4 de abril de 1949, após o final da Segunda Guerra Mundial
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Os países signatários do tratado, na época, eram a Bélgica, França, Noruega, Canadá, Islândia, Países Baixos, Dinamarca, Portugal, Itália, Estados Unidos, Luxemburgo e Reino Unido
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Quando criada, reunia países ocidentais e capitalistas, liderados no contexto da bipolaridade formada entre os Estados Unidos (EUA) e a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), no período da Guerra Fria
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A Otan tinha por objetivos impedir o avanço do bloco socialista no continente europeu, fazendo frente à URSS e a seus aliados da Europa Oriental, além de fornecer ajuda mútua a todos os países membros
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A aliança era baseada em três pilares: a defesa coletiva dos Estados membros, impedir o revigoramento do militarismo nacionalista na Europa, e encorajar a integração política europeia
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O período de bipolaridade entre EUA e URSS dividiu o mundo. Os dois países e seus respectivos aliados mantinham-se em alerta para eventuais ataques bélicos
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A Otan investiu em tecnologia de defesa, na produção de armas estratégicas e também espalhou pelas fronteiras soviéticas sistemas de defesa antimísseis
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Na fase final da Guerra Fria, a organização passou a assumir novos papéis. Em 1990, sob ordem do Conselho de Segurança da ONU, a Otan interveio no conflito da ex-Iugoslávia. Foi a primeira vez que agiu em território de um Estado não membro
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Em 2001, a Otan anunciou a aplicação do princípio da segurança coletiva: um ataque feito a um país membro seria um ataque contra todos os demais
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Como os ataques terroristas ocorridos em setembro de 2001 foram considerados atos de guerra pelo governo norte-americano, a cláusula foi acionada. Por esse motivo, a organização participou da invasão ao Afeganistão
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Além de ver o terrorismo como nova ameaça, a Otan colaborou com operações de paz e realizou ajuda humanitária, como aos sobreviventes do furacão Katrina, em 2005
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Soldados da Otan também realizaram operações militares em zonas conflituosas do mundo, como o Bálcãs, o Oriente Médio e o norte da África
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Atualmente, a aliança é composta por 32 países, localizados principalmente na Europa
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Bósnia e Herzegovina, Geórgia e Ucrânia são os três países classificados como “membros aspirantes” à organização. Porém, para a Rússia, a perspectiva da antiga república soviética Ucrânia se juntar à Otan é impensável
Segundo o membro do Conselho de Segurança da Rússia, o presidente Vladimir Putin e seu governo sabem que as ações tomadas pelos ocidentais mostram que eles são parte direta do conflito. “A adesão da Ucrânia à Otan dará ao envolvimento do ocidente [no conflito], automaticamente, uma nova qualidade”, aponta Venediktov, o que traria graves consequências para toda a humanidade.
“Os próprios membros da Otan entendem a natureza suicida desse passo”, afirmou, lembrando que alguns países admitiram aceitar a entrada da Ucrânia. “Mas as potências mais sérias, e até Bruxelas [referindo-se à sede da União Europeia], reagiram sem entusiasmo a essa iniciativa e emitiram imediatamente um conjunto padrão de contra-argumentos, descumprimento dos padrões do bloco, existência de disputas territoriais e assim por diante”, continuou o conselheiro.
Ele garantiu que a posição da Rússia sobre o assunto não se alterou. “A adesão da Ucrânia à Otan ou a algumas outras alianças formadas sob os auspícios dos Estados Unidos é inaceitável para nós”, concluiu Venediktov.
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