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Conheça a história do beato Carlo Acutis, o “padroeiro da internet”

O beato teve o segundo milagre reconhecido pelo Vaticano no dia 23 de maio. A expectativa, agora, é que Acutis possa ser santificado

atualizado

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Site Carlo Acutis
Carlo Acutis (1)
1 de 1 Carlo Acutis (1) - Foto: Site Carlo Acutis

Carlo Acutis, considerado o “padroeiro da internet”, teve o seu segundo milagre reconhecido pelo papa Francisco, nessa quinta-feira (23/5). O beato nasceu em 3 de maio de 1991, em Londres, na Inglaterra, e morreu de leucemia aos 15 anos, em 12 de outubro de 2006 em Monza, na Itália.

Criado em Milão, se tornou católico e devoto da Virgem Maria. Acutis, desde cedo, demonstrou uma grande habilidade para a informática, dom que utilizou na divulgação de conteúdos de formação cristã. “Um gênio da ciência da computação no céu”, disse Gori, autor da biografia de Acutis.

O jovem conseguiu unir as duas paixões ao criar um site dedicado à catalogação cuidadosa de cada milagre já relatado e para evangelizar, assim recebeu o título de “padroeiro da internet”.

Devoto à Virgem Maria, pedia para a família colocar as sobras de comida em um recipiente para que pudesse levar aos desabrigados locais. Acutis também foi conhecido por uma boa relação com imigrantes.

Em setembro de 2006, os primeiros sinais e o diagnóstico da doença apareceram. Em 12 de outubro daquele ano, ele faleceu, mesmo dia de Nossa Senhora Aparecida, considerada a padroeira do Brasil.

A data de falecimento do jovem não é a única ligação com o Brasil. Após a morte dele, o padre Marcelo Tenório, da Paróquia São Sebastião, em Campo Grande (MS), foi à Itália e trouxe um pedaço de roupa com sangue de Acutis.

O tecido foi exposto durante uma missa em 2010, na capital sul-mato-grossense. Na ocasião, uma criança brasileira foi curada de uma mal formação no pâncreas após tocar no pedaço da roupa do “padroeiro da internet”. Em 2020, o ocorrido foi considerado o primeiro milagre de Acutis.

Segundo milagre

O segundo milagre, que foi reconhecido no último dia 23, diz respeito a uma jovem da Costa Rica, que foi curada após um acidente de bicicleta, em 2022. De acordo com o Vatican News, Valeria estava internada com poucas chances de sobrevivência. Dias após a mãe dela rezar na tumba de Acutis, na Itália, a jovem costariquenha foi curada.

Carlo Acutis “não se acomodou numa imobilidade confortável, mas colheu as necessidades do seu tempo, porque viu o rosto de Cristo nos mais frágeis. O seu testemunho mostra aos jovens de hoje que a verdadeira felicidade se encontra pondo Deus em primeiro lugar e servindo-o nos irmãos, especialmente nos últimos. Um aplauso ao novo jovem beato da geração atual!”, afirmou o papa Francisco.

O Vaticano afirmou que os restos mortais de Carlo Acutis foram “recompostos”, mas não detalhou o processo. O corpo dele está exposto na igreja de Santa Maria Maggiore.

Igreja beatifica o jovem Carlo Acutis, conhecido como “padroeiro da internet”

Como acontece a canonização

O historiador Sérgio Coutinho explica que o nome beato está ligado à expressão latina “bem aventurado escolhido por Deus”. Os beatos são vistos como uma forma de liderança carismática, em que a população reconhece alguma proximidade com o divino.

“Ele transmite essa segurança, as pessoas querem ouvir, receber orientações. Ele tem formas de se vestir diferente, é regrado na comida, na penitência, nos jejuns. Tem uma série de comportamentos que caracterizam um beato”, disse o professor.

O processo acontece quando qualquer fiel batizado faleceu com fama de santidade. Somente depois do falecimento da pessoa é que o processo pode ser iniciado. Para cada causa, é escolhido pelo bispo um postulador, que tem a tarefa de investigar detalhadamente a vida do candidato.

Quando iniciado processo, o candidato recebe o título de Servo de Deus, como o caso da Irmã Dulce. Esse é o passo mais demorado. Quando se trata de um mártir, as circunstâncias que envolvem a sua morte também são estudadas. Após este processo, a pessoa é considerada venerável.

Em seguida, vem a beatificação, que exige a comprovação de um milagre alcançado.

Por fim, o terceiro e último passo do processo é a canonização. É o reconhecimento de mais um milagre alcançado pela intercessão do beato. O papa declara a pessoa como santa e a coloca como modelo de vida cristã para todos os fiéis.

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