Congresso peruano rejeita pedido de impeachment do presidente
A Odebrecht teria feito pagamentos de quase US$ 800 mil a uma empresa de consultoria de Kuczynski em meados da década passada
atualizado
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O presidente do Peru, Pedro Pablo Kuczynski, saiu vitorioso da sessão do Congresso que decidiu se ele deveria ou não ser destituído do cargo sob a acusação de “incapacidade moral”, na noite desta quinta-feira (21/12). Após mais de dez horas de debates acalorados, 79 congressistas votaram por manter Kuczynski no cargo. Outros 19 foram contra e 21 se abstiveram.
O líder peruano está sob intensa pressão desde a semana passada, quando um painel de investigação formado por parlamentares opositores revelou que a Odebrecht fez pagamentos de quase US$ 800 mil a uma empresa de consultoria de Kuczynski em meados da década passada. À época, ele ocupava cargos de primeiro escalão na gestão de Alejandro Toledo.
Até ter sido forçado a admitir que ganhou “algum dinheiro” da Odebrecht, após a revelação dos documentos, Kuczynski negava repetidamente que tivesse qualquer relação com a empreiteira brasileira.
Mais cedo, na sessão do Congresso desta quinta-feira, Kuczynski apresentou sua defesa pessoalmente. “Não está em jogo minha permanência no cargo, está em jogo a estabilidade democrática, não apoiem uma destituição que não se sustenta, porque o povo não duvida, nem perdoa”, disse Kuczynski aos parlamentares.