Confronto entre apoiadores de Evo Morales e polícia deixa mortos
A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) denunciou a morte de oito pessoas na Bolívia
atualizado
Compartilhar notícia
A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) denunciou a morte de oito pessoas durante protestos na Bolívia, nessa sexta-feira (15/11/2019). O país vive uma onda de violência após uma crise política se instalar com a renúncia de Evo Morales da presidência.
A CIDH também condenou o que chamou de “uso desproporcional de força policial e militar” na cidade de Cochabamba, onde grupos contrários e a favor de Evo Morales se enfrentam há dias.
“As armas de fogo devem estar excluídas dos dispositivos usados para controle dos protestos sociais”, defendeu a comissão por meio de conta oficial no Twitter, quando o número estava em cinco.
Nessa sexta, apoiadores do ex-presidente boliviano Evo Morales entraram em confronto com as forças de segurança do país.
Milhares de manifestantes, em grande parte indígenas, se reuniram pacificamente na cidade de Sacaba pela manhã. Mas os confrontos começaram quando muitos tentaram atravessar um posto de controle militar perto da cidade de Cochabamba.
Acusações por fraude
A violência começou quando a presidente interina da Bolívia, Jeanine Áñez, disse que Morales enfrentará possíveis acusações legais por fraude eleitoral se voltar para o país. Áñez intensificou o confronto com Morales, um dia após ter dito que ele não seria autorizado a participar das próximas eleições presidenciais.
Morales renunciou ao cargo no domingo (10/11/2019), após protestos em todo o país por suspeita de fraude eleitoral nas eleições de 20 de outubro, nas quais ele alegou ter ganhado um quarto mandato. Uma auditoria da Organização dos Estados Americanos (OEA) constatou irregularidades generalizadas no pleito. O ex-presidente boliviano está, atualmente, autoexilado no México. (Com informações da Agência Estado)