Confira incêndios que destruíram outros museus pelo mundo
Estados Unidos, Rússia e Grécia já sofreram com perdas iguais ao caso brasileiro em instituições de artes e históricas
atualizado
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Além do Museu Nacional do Rio de Janeiro, que foi destruído por um incêndio no último domingo (2/8), outras instituições de preservação do patrimônio histórico já foram afetadas por chamas pelo mundo.
Museu de História Natural (Nova Délhi, Índia)
Em abril de 2016, todo o acervo do Museu de História Natural da Índia, em Nova Delhi, foi destruído por um incêndio que começou no sexto andar do prédio. A instituição abrigava fósseis de dinossauros que datavam de mais de 160 milhões de anos, além de filmes sobre temas ligados à natureza e animais embalsamados.
A causa do desastre teria sido o mau-funcionamento sistema do sistema anti-incêndio do prédio. Os bombeiros demoraram cerca de três horas para evacuar o local e seis pessoas foram hospitalizadas por terem inalado fumaça.
Museu de Guerra de Chania (Creta, Grécia)
Em julho de 2018, o prédio que abrigou o Museu de Guerra de Chania, em Creta, na Grécia também foi arrasado por chamas. Somente a fachada da edificação de 1870, construída pelo arquiteto italiano Macuzo e que abrigou tropas do exército italiano durante a Segunda Guerra Mundial, resistiu à força do fogo.
Não havia exibições no momento do incidente, já que o acervo da instituição, que inclui livros e fotografias sobre rebeliões na região dos bálcãs, havia sido transferido anos antes para Atenas por causa de um terremoto que colocou em xeque a segurança da edificação. Uma pessoa foi detida após as investigações.
Cidade da Ciência (Nápoles, Itália)
Em março de 2012, o complexo conhecido como “Cidade das Ciência”, em Nápoles, no sul da Itália, foi consumido por um incêndio. No local, havia um museu interativo de ciência, salas de conferência e uma “incubadora” de negócios.
A instituição é uma dos principais atrações turísticas da cidade, com 350 mil visitantes por ano e 12 mil metros quadrados de área expositiva. Após o incidente, os responsáveis pela instituição começaram uma campanha para reconstrução do prédio, o que aconteceu em 2017.
Museu de Arte Moderna (Nova York, Estados Unidos)
Em abril de 1958, foram destruídos no Museu de Arte Moderna de Nova York (MoMa) 5,5 metros da série “Lírios d’Água” do pintor francês Claude Monet (1840-1926). A causa do incêndio teria sido o fato de operários terem fumado perto de uma lata de tinta, de serragem e de capas para a proteção de quadros, durante obras de restauro. Um dos funcionários morreu e bombeiros tiveram de ser hospitalizados por haverem inalado fumaça.
Museu histórico de Estado (Moscou, Rússia)
Em 1998, o Museu Histórico de Estado russo foi atingido por chamas. As mais de 4,5 mil peças históricas do acervo não foram destruídas, já que o incêndio se concentrou no quarto e no quinto andares da edificação, que não abrigavam exposições. O fogo foi controlado em cerca de 40 minutos.
Museu Aeroespacial de San Diego (Califórnia, Estados Unidos)
Em 1978, a biblioteca e cerca de 40 aeronaves do Museu Aeroespacial de San Diego, no estado norte-americano da Califórnia, foram destruídos por um incêndio criminoso. Na ocasião, dois jovens foram vistos fugindo do local, mas não foram capturados. O prejuízo material foi calculado em US$ 16 milhões e a reabertura da instituição aconteceu em 1980.
Museu de História Natural (Nova York, Estados Unidos)
Em dezembro de 2014, o sistema antichamas do Museu de História Natural de Nova York, nos Estados Unidos, foi acionado pela presença de fumaça no interior do edifício, que teve de ser evacuado durante o horário em que estava aberto ao público. Cerca de quatro mil pessoas foram retiradas em duas horas e não houve feridos.
A suspeita das autoridades é que um maçarico usado por eletricistas que trabalhavam na manutenção no prédio tenha causado a fumaça. O museu é o maior do tipo no mundo e conta com fósseis e objetos relacionados à vida animal e vegetal ao longo da história do planeta.
Destruição política
O patrimônio cultural também foi alvo de destruição por grupos políticos como os nazistas, no início do século XX, e por membros do grupo extremista Estado Islâmico (EI).
Em maio de 1933, foram queimadas em praça pública em várias cidades da Alemanha centenas de milhares de obras de escritores que eram considerados “inconvenientes ao regime”. O ditador Adolf Hitler pretendia fazer uma “limpeza da literatura” que pudesse livrar a cultura alemã da “alienação”. Obras de autores como Sigmund Freud, Thomas Mann e Stefan Zweig foram reduzidas a cinzas pelos apoiadores do regime, derrotado após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Em maio de 2015, o Estado Islâmico, divulgou pela internet execuções em massa e explosões de sítios arqueológicos na cidade histórica de Palmira, na Síria. Foram destruídos os templos de Bel e Baalshamin, que datavas de dois mil anos atrás, e um arco do triunfo que foi construído no ano 200 d.C.. A cidade foi reconquistada em 2016 por forças leais ao ditador Bashar Al Assad.