Combinar AstraZeneca com Pfizer é eficaz contra Covid, aponta estudo
O Ministério da Saúde ressalta que a questão não é recomendada, mas que pode ser aplicada em situações de exceção
atualizado
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Estudo divulgado pelo Instituto Estadual de Soro (SSI) da Dinamarca aponta que a combinação da primeira dose da vacina contra a Covid-19 da AstraZeneca com uma segunda dose de imunizantes de RNA mensageiro (RNAm), como os produzidos pela Pfizer/BioNTech ou Moderna, fornece “boa proteção “.
Na Dinamarca essa troca de doses é uma realidade: mais de 144 mil pessoas, a maioria funcionários da linha de frente no setor de saúde e idosos, receberam primeira injeção da AstraZeneca, mas foram posteriormente vacinados a Pfizer/BioNTech ou Moderna.
“O estudo mostra que quatorze dias após um programa de vacinação combinado, o risco de infecção com SARS-CoV-2 é reduzido em 88% em comparação com indivíduos não vacinados”, disse o Instituto Estadual de Soro. Essa é uma “alta eficácia”, acrescentou o SSI, comparável à taxa de eficácia de 90% de duas doses da vacina da Pfizer/BioNTech, confirmada em outro estudo dinamarquês.
O governo brasileiro também discute a intercambialidade de vacinas para Covid-19, ou seja, a possibilidade de utilizar vacinas diferentes na primeira e na segunda dose.
Como noticiado pelo Metrópoles, aqui no Brasil, o Ministério da Saúde elaborou uma nota técnica, no mês passado, assinada pela secretária Rosana Leite de Melo, na qual diz que mulheres grávidas ou no puerpério que receberam a primeira dose do imunizante AstraZeneca contra a Covid-19 podem tomar a segunda dose da Pfizer. A medida também funciona, na falta dela, com a Coronavac.
Porém o texto da pasta ressalta que a questão não é recomendada, mas que pode ser aplicada em situações de exceção, seja por contraindicações específicas ou por ausência de um imunizante (como no caso, por exemplo, de alguém que recebeu fora do Brasil uma dose que não exista no país).