Comandante de milícia é morto no Iraque e tensão sobe no Oriente Médio
Abu Taqwa al-Saidi, comandante das Forças de Mobilização Popular (PMF), foi assassinado em um ataque aéreo em Bagdá, capital do Iraque
atualizado
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A tensão no Oriente Médio aumentou, nesta quinta-feira (4/1), após o assassinato de um comandante de milícia em um ataque de mísseis em Bagdá, no Iraque. Durante a ação, ao menos outras duas pessoas foram mortas e seis ficaram feridas.
Segundo a mídia iraquiana, Abu Taqwa al-Saidi, comandante das Forças de Mobilização Popular (PMF), foi morto durante o ataque a um quartel-general do grupo al-Nujaba, uma das milícias locais apoiadas pelo Irã.
De acordo informações do grupo paramilitar, quatro foguetes foram disparados contra o local, um deles acertando o carro onde o comandante estava com seu assistente, Ali Abu Sajjad, que também morreu.
Apesar de ainda não identificar a autoria do ataque, um porta-voz da al-Nujaba – um dos braços das Forças de Mobilização Popular (PMF) – acusou os Estados Unidos de estarem por trás da ação e prometeu vingança.
“Vamos retaliar e fazer com que os americanos se arrependam de ter cometido esta agressão”, disse Abu Aqeel al-Moussawi em comunicado.
Já o gabinete do primeiro-ministro do Iraque, Mohammed Shia’ Al Sudani, emitiu um comunicado alegando que “Forças da Coalizão Internacional” foram responsáveis pelos disparos dos mísseis, e chamou o episódio de “escalada perigosa” e de uma “violação da soberania” do Iraque.
Escalada no Oriente Médio
O assassinato Abu Taqwa Al-Saidi no Iraque se soma a outros episódios recentes na escalada na violência no Oriente Médio desde o início da guerra entre Israel e Hamas.
Na terça-feira (2/1), um líder do Hamas foi morto durante um ataque aéreo em Beirute, no Líbano. Saleh al-Arouri, número dois da ala política do grupo palestino, teria sido assassinado em um ataque com drone contra um escritório do Hamas. Na ação, outras cinco pessoas morreram, sendo dois delas membros do braço armado do grupo.
Já nessa quarta-feira (3/1), mais de 100 pessoas foram mortas e mais de 280 ficaram feridas durante explosões em Kerman, no Irã, durante uma homenagem ao ex-general Qassem Soleimani, morto em um ataque com drone dos Estados Unidos, em 2020.
Desde o início do conflito na Faixa de Gaza, diversos países se envolveram indiretamente na guerra entre Israel e Hamas, com registros de bombardeios entre forças locais e militares estadunidenses e israelenses na Síria, Líbano e Iraque.