Com voto do Brasil, ONU condena anexação russa de regiões da Ucrânia
Russo Vladimir Putin promoveu referendos nas regiões ucranianas de Donetsk, Kherson, Luhansk e Zaporizhzhia, ocupadas pelo seu exército
atualizado
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A Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou, nesta quarta-feira (12/10), uma resolução que condena os referendos feitos pela Rússia para anexar regiões da Ucrânia ocupadas pelo exército de Vladimir Putin. O Brasil, que estava se abstendo em decisões relacionadas ao conflito, votou a favor da resolução.
O documento define a recente anexação das regiões de Donetsk, Kherson, Luhansk e Zaporizhzhia como “uma violação da integridade territorial e soberania da Ucrânia”, além de ser “incompatível com os princípios da Carta [da ONU]”.
Dos 193 países membros da assembleia, 143 votaram a favor da resolução, inclusive o Brasil. Além da Rússia, quatro países foram contrários: Síria, Nicarágua, Coreia do Norte e Bielorrússia. As nações que escolheram se abster foram 35, enquanto os outros não votaram.
A decisão foi promovida pelo presidente ucraniano Volodymyr Zelensky e contou com o apoio influente da União Europeia e dos Estados Unidos. Com o título “Integridade Territorial da Ucrânia: Defendendo os Princípios da Carta da ONU”, a resolução defende que as regiões “estão ou estiveram sob o controle militar temporário da Federação Russa, como resultado de agressão, violação da soberania, independência política e integridade territorial da Ucrânia”.
Também exige que o Kremlin “reverta imediata e incondicionalmente suas decisões em 21 de fevereiro de 2022 e 29 de setembro de 2022” que oficializaram a anexação, não reconhecida pela Ucrânia e pela comunidade internacional.