Com prazo no fim, opositora de Maduro diz não conseguir se candidatar
Corina Yoris afirma que não consegue acessar o sistema de inscrição de candidatura e pede prorrogação do prazo
atualizado
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Nas últimas horas para encerrar as inscrições dos candidatos que irão disputar as eleições presidenciais na Venezuela, a única opositora de Nicolás Maduro, Corina Yoris, acusa o governo venezuelano de impedir a sua candidatura. Ela pede a prorrogação do prazo.
O registro deve ser feito em um site disponibilizado pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE). O período de inscrição de candidatos presidenciais se encerra às 23h59 desta segunda-feira (25/3).
Corina Yoris é a candidata escolhida para substituir María Corina Machado. Ela é formada em filosofia e letras, além de ser doutora em história pela Universidade Católica Andrés Bello.
Em entrevista coletiva, a opositora de Maduro relatou as dificuldades para conseguir se registrar no sistema eleitoral da Venezuela. “Acho importante destacar que fizermos todos os esforços para introduzir todos os cartões (…) e o sistema está completamente fechado para poder entrar digitalmente.”
A eleição presidencial está marcada para 28 de julho, data do aniversário de Hugo Chávez, antecessor de Maduro.
Problema recorrente
Desde sábado (23/3), a oposição do governo venezuelano tem relatado problemas para registrar a candidatura. “Decorridas cerca de 72 horas do início do processo de nomeação da candidatura presidencial, denunciamos que o sistema da CNE ainda não concedeu as chaves de validação aos responsáveis pelos cartões MUD [Mesa da Unidade Democrática] e UNT [União Nacional dos Trabalhadores] para nomear a nossa candidata unitária, Corina Yoris”, anunciou o partido de Yoris na rede social X, antigo Twitter.
Repercussão
Os governos da Argentina, Costa Rica, República Dominicana, Equador, Guatemala, Paraguai, Peru e Uruguai apresentaram nota conjunta em que expressaram “séria preocupação” com a dificuldade de registro relatado por Yoris.
O Ministério das Relações Exteriores não se manifestou sobre o caso. O Metrópoles procurou o Itamaraty, mas não obteve retorno.