Com Ômicron, EUA quebra recorde de hospitalizações por Covid
País registra cerca de 132 mil novas internações por causa da doença, novo recorde. Hospitalizações crescem nos EUA desde dezembro
atualizado
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Com a variante Ômicron predominando nos Estados Unidos, o país bateu recorde de crianças internadas por causa da Covid-19 na última semana, com ao menos 4 mil menores de idade hospitalizados. Agora, as internações causadas pela doença nos EUA atingiram um novo pico, de 132,6 mil. O recorde anterior era de 132.051, em janeiro de 2021.
Desde dezembro, o número de casos e hospitalizações aumenta no país com a expansão da variante Ômicron, que tem maior transmissibilidade. Mesmo com a grande quantidade de casos leves, a alta começa a sobrecarregar o atendimento nos sistemas de saúde.
Alerta da OMS
A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou, na última semana, que a variante Ômicron, da Covid-19, está matando pessoas em todo o mundo. Portanto, a mutação não deve ser considerada branda.
Segundo o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, apesar de estudos sugerirem que a Ômicron é menos severa do que as demais variantes, o número de pessoas infectadas com a nova cepa tem sobrecarregado os sistemas de saúde. Nos Estados Unidos, por exemplo, foram registrados mais de 1 milhão de casos de Covid em 24h.
“Assim como as variantes anteriores, a Ômicron está hospitalizando e matando pessoas. Na verdade, o tsunami de casos é tão grande e rápido que está sobrecarregando os sistemas de saúde em todo o mundo”, disse Adhanom.
De acordo com a organização, a Ômicron é mais resistente às vacinas disponíveis no mundo e se espalha mais rapidamente. No entanto, os imunizantes são importantes para proteger os indivíduos contra casos mais graves que podem levar à morte.
A OMS alertou que o número de casos globais aumentou 71% na última semana. Nas Américas, houve alta de 100%. Além disso, a organização afirmou que, entre os registros graves, 90% são de pessoas que não foram vacinadas.
Na Europa, os casos seguem em alta. Hospitais e demais estabelecimentos de saúde declararam estado crítico devido à ausência de funcionários e pressões crescentes.