Colômbia terá 2º turno entre candidato de esquerda e “Trump” local
Apuração das urnas neste domingo (29/5) mostra o esquerdista Gustavo Petro na liderança, seguido pelo populista Rodolfo Hernández
atualizado
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Com o avanço da apuração das urnas colombianas, o governo anunciou que a eleição para Presidência da Colômbia terá segundo turno, com data marcada para 19 de junho, entre Gustavo Petro e Rodolfo Hernández.
Com 98,1% das urnas contabilizadas, Petro tem 40,31%, seguido por Hernández, com 28,17%.
No total, 98,1% das urnas já tinham sido contabilizadas até o início da noite deste domingo (29/5). O esquerdista Petro tem 40,31%, seguido pelo populista Hernández, com 28,17%. Além desses, quatro candidatos estão na corrida.
Petro, que concorre pela terceira vez ao cargo, aparecia em primeiro lugar nas pesquisas, fato inédito para um cadidato de esquerda no país. O avanço de Hernández, entretanto, foi inesperado. O ex-prefeito de Bucaramanga apareceu por meses na sexta colocação nos levantamentos, mas ganhou força nas últimas semanas.
As últimas pesquisas apontavam o direitista Federico “Fico” Gutiérrez, ex-prefeito de Medellín e apoiado pelo atual governo, de Iván Duque, em segundo lugar. Até o momento, ele acumula 23,89% dos votos. Porém sua candidatura perdeu força frente à rejeição que Duque vem sofrendo da população colombiana.
Petro x Hernández
Caso eleito, Petro, de 62 anos, será o primeiro presidente de esquerda da Colômbina, e promete um governo social-democrata. Entre suas propostas, estão reforma agrária, redução da taxa de desemprego e diminuição da dependência do país em relação ao petróleo, com prioridade para a produção do campo e das indústrias.
O candidato foi membro de uma guerrilha e chegou a ser preso e torturado durante a década de 1980. Foi eleito senador duas vezes e prefeito da capital colombiana, Bogotá.
Por outro lado, Hernández, de 77 anos, é conhecido como o “Donald Trump colombiano” e manteve um discurso anticorrupção. Empresário bem-sucedido, o candidato atuou como prefeito de Bucaramanga, uma cidade de cerca de 500 mil habitantes, antes de se lançar à Presidência. Em 2004, sua filha foi sequestrada e morta por guerrilheiros da ELN.
Hernández é investigado por corrupção no caso Vitalogic. Em 2021, o Ministério Público o acusou formalmente de assinar um contrato de consultoria irregular para “implementar novas tecnologias de gestão de resíduos no aterro de El Carrasco”. Ele, por sua vez, insiste que “nenhum peso [moeda oficial da Colômbia]” foi roubado.
O candidato também já afirmou ser admirador do ditador nazista Adolf Hitler, mas depois pediu desculpas e afirmou que tinha se enganado e que, na verdade, queria dizer Albert Einstein.
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