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Coca-Cola, Pepsi, McDonald’s: veja empresas que saíram hoje da Rússia

L’Oréal e Starbucks também estão entre as empresas que anunciaram suspensão das atividades no país nesta terça-feira (8/3)

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Reprodução/Facebook
Coca-Cola
1 de 1 Coca-Cola - Foto: Reprodução/Facebook

A Coca-Cola Co. anunciou, nesta terça-feira (8/3), a suspensão de suas atividades na Rússia, após mais um dia de guerra entre o país e a Ucrânia.

“Nossos corações estão com as pessoas que estão resistindo a efeitos inconcebíveis desses trágicos eventos na Ucrânia”, diz o comunicado da megaempresa mundial. A Coca-Cola informou que até 2% de sua receita veio da Rússia e da Ucrânia, em 2021.

Nesta terça-feira, a PepsiCo, um dos únicos produtos do Ocidente permitidos na então União Soviética, também anunciou que suspenderá suas vendas na Rússia.

A pressão para que empresas do Ocidente interrompam suas atividades no país está aumentando devido ao agravamento da guerra na Ucrânia. Antes do anúncio da Coca-Cola, a hashtag #BoycottCocaCola (boicote a Coca-Cola, em tradução livre) estava entre os assuntos mais comentados do Twitter, nessa segunda-feira (7/3). Os internautas reclamavam da falta de reação da empresa à guerra.

Outras marcas importantes anunciaram, nesta terça-feira, que deixaram por tempo indeterminado o mercado russo. Veja abaixo.

Starbucks

A companhia de cafés Starbucks, além de fechar os estabelecimentos, afirmou que não enviará mais ao país produtos administrados por licenciados.

A empresa ainda anunciou que o Alshaya Group, operador de pelo menos 100 Starbucks no país, “fornecerá apoio aos quase 2.000 parceiros na Rússia que dependem da Starbucks para sua subsistência”.

L’Oreal

A gigante de cosméticos L’Oreal divulgou que fechará temporariamente todas as suas unidades na Rússia, incluindo pontos de venda dentro de lojas de departamento e sites de vendas. Todos os investimentos em propaganda no país também foram suspensos.

“Condenamos veementemente a invasão russa e a guerra na Ucrânia, que está causando tanto sofrimento ao povo ucraniano”, disse a empresa francesa.

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A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito
A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho, para evitar avanços de possíveis adversários nesse local
Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 km
Percebendo o interesse da Ucrânia em integrar a Otan, que é liderada pelos Estados Unidos, e fazer parte da União Europeia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou atacar o país, caso os ucranianos não desistissem da ideia
Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do país
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A relação conturbada entre Rússia e Ucrânia, que desencadeou conflito armado, tem deixado o mundo em alerta para uma possível grande guerra

Anastasia Vlasova/Getty Images
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A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito

Agustavop/ Getty Images
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A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho, para evitar avanços de possíveis adversários nesse local

Pawel.gaul/ Getty Images
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Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 km

Getty Images
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Percebendo o interesse da Ucrânia em integrar a Otan, que é liderada pelos Estados Unidos, e fazer parte da União Europeia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou atacar o país, caso os ucranianos não desistissem da ideia

Andre Borges/Esp. Metrópoles
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Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do país

Poca/Getty Images
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A Rússia iniciou um treinamento militar junto à aliada Belarus, que faz fronteira com a Ucrânia, e invadiu o território ucraniano em 24 de fevereiro

Kutay Tanir/Getty Images
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Por outro lado, a Otan, composta por 30 países, reforçou a presença no Leste Europeu e colocou instalações militares em alerta

OTAN/Divulgação
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Apesar de ter ganhado os holofotes nas últimas semanas, o novo capítulo do impasse entre as duas nações foi reiniciado no fim de 2021, quando Putin posicionou 100 mil militares na fronteira com a Ucrânia. Os dois países, que no passado fizeram parte da União Soviética, têm velha disputa por território

AFP
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Além disso, para o governo ucraniano, o conflito é uma espécie de continuação da invasão russa à península da Crimeia, que ocorreu em 2014 e causou mais de 10 mil mortes. Na época, Moscou aproveitou uma crise política no país vizinho e a forte presença de russos na região para incorporá-la a seu território

Elena Aleksandrovna Ermakova/ Getty Images
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Desde então, os ucranianos acusam os russos de usar táticas de guerra híbrida para desestabilizar constantemente o país e financiar grupos separatistas que atentam contra a soberania do Estado

Will & Deni McIntyre/ Getty Images
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O conflito, iniciado em 24 de fevereiro, já impacta economicamente o mundo inteiro. Na Europa Ocidental, por exemplo, países temem a interrupção do fornecimento de gás natural, que é fundamental para vários deles

Vostok/ Getty Images
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Embora o Brasil não tenha laços econômicos tão relevantes com as duas nações, pode ser afetado pela provável disparada no preço do petróleo

Vinícius Schmidt/Metrópoles
Unilever

Outra grande peça no mercado global, a Unilever anunciou que, a partir desta terça-feira, vai suspender investimentos e propaganda na Rússia e na Ucrânia. Entre os produtos comercializados pela Unilever, estão marcas como o sabão Dove e a sopa Knorr.

A Unilever, entretanto, ressaltou que continuará a fornecer produtos alimentícios e de higiene essenciais fabricados na Rússia, mas não abrirá mão do lucro.

McDonald’s

A rede de fast food McDonald’s também anunciou, nesta terça-feira, que suspenderá as atividades dos 850 restaurantes na Rússia.

A empresa assegurou que continuará pagando os 62 mil funcionários no país. Em uma carta aberta, o presidente e CEO do McDonald’s, Chris Kempckinski, afirmou que fechar essas lojas por enquanto é a coisa certa a fazer.

“Nossos valores significam que não podemos ignorar o sofrimento humano desnecessário que se desenrola na Ucrânia”, disse Kempczinski.

Outras empresas

A lista de empresas que anunciaram nesta terça-feira a suspensão de atividades na Rússia soma-se a uma série de multinacionais que já tinham decidido aplicar sanções contra o país. Na semana passada, a Apple comunicou a interrupção dos negócios na Rússia e proibiu a venda de novos telefones, tablets e computadores – tais como iPhones, iPads, MacBooks e outros produtos da companhia.

As operadoras de cartão de crédito Mastercard e Visa também suspenderam as atividades no país. As empresas já tinham travado parte das operações, bloqueando instituições financeiras russas, mas decidiram expandir as retaliações.

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