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Clínica e carros dos Médicos Sem Fronteiras são atacados em Gaza

A instituição alega que uma equipe médica e seus familiares estavam na clínica e volta a pedir o fim dos combates na região

atualizado

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Ashraf Amra/Anadolu via Getty Images
Imagem colorida mostra vista aérea da destruição deixada por bombardeios de Israel - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida mostra vista aérea da destruição deixada por bombardeios de Israel - Metrópoles - Foto: Ashraf Amra/Anadolu via Getty Images

Uma clínica e cinco carros da organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) foram atacados na Faixa de Gaza na manhã desta segunda-feira (20/11), durante um conflito entre as Forças de Israel e o grupo Hamas, de acordo com informações da organização. Ainda não há informações sobre o estado de saúde dos profissionais e de seus familiares.

Ao todo, seriam 20 familiares e uma equipe de Saúde na clínica do MSF. Os relatos do MSF são de que existem, ainda, mais de 50 pessoas em edifícios próximos. “Mais uma vez, Médicos Sem Fronteiras apela urgentemente pelo fim dos combates na região”, pede a instituição.

Por meio de nota à imprensa, a organização também afirma que quatro carros da instituição pegaram fogo, e que um quinto deles teria sido partido ao meio. “Como se tivesse sido esmagado por um veículo pesado ou um tanque”, diz a instituição. Todos os veículos do MSF são devidamente identificados.

Desde o início do conflito, só da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente (Unrwa), foram 88 profissionais mortos.

Por meio de nota, na terça-feira (21/11), o MSF lamentou a perda dos médicos Dr. Mahmoud Abu Nujaila e Dr. Ahmad Al Sahar, e se disse “horrorizado” com a situação. Também reiterou que os ataques a instalações médicas são uma violação do Direito Internacional Humanitário. “Ver médicos mortos perto de leitos de hospitais é mais do que trágico, e isso deve parar agora”, completou a instituição.

Contexto

A superlotação de hospitais, falhas no sistema de distribuição de água potável, saneamento interrompido, e ausência de internet: são inúmeros os problemas que afetam a vida na Faixa de Gaza, desde antes da guerra entre Israel e o grupo extremista Hamas. Agora, a situação piorou a tal ponto que a Organização Mundial da Saúde (OMS) apontou um novo risco: a rápida propagação de doenças infecciosas.

O número de mortos na Faixa de Gaza está em 13 mil, e são 31 mil feridos, de acordo com informações do Ministério da Saúde de Gaza (MOH), que é controlado pelo Hamas, desta segunda-feira (20/11). Dos óbitos, 2/3 são de mulheres e crianças. Somando os 1,4 mil mortos em Israel durante o ataque do Hamas em 7 de outubro, o total chega a 14.400 vidas perdidas no Oriente Médio nesta guerra, que se estende há pouco mais de um mês.

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