Deslizamento de terra mata ao menos 154 e fere 400 na Colômbia
As fortes chuvas no Sul do país causaram deslizamentos de terra e dois rios transbordaram
atualizado
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O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, elevou para 154 o número de mortes em enchentes e deslizamentos na cidade de Mocoa, no sul da Colômbia. Santos chegou na cidade pela manhã para supervisionar as buscas por vítimas, depois de fortes chuvas provocarem o desastre durante a madrugada. Os rios Mocoa, Sangoyaco e Mulatos transbordaram.
Ao menos 400 pessoas ficaram feridas e cerca de 200 estão desaparecidas, segundo autoridades locais. De acordo com testemunhas, a água e os escombros invadiram as ruas da cidade, deixando um rastro de destruição. Santos acredita que o número de mortes deve aumentar. “Não sabemos quantas pessoas ainda encontraremos”, disse Santos. “Continuaremos procurando.
A equipe de resgate anunciou que usará máquinas pesadas para ajudar na retirada de dejetos. Fotos publicadas pela força aéra no Twitter mostraram bairros cobertos de lama e casas seriamente danificadas. Vídeos feitos por câmera de telefones celulares e publicados em mídias sociais mostravam residentes à procura de sobreviventes nos destroços.
Durante entrevista a imprensa local, o prefeito de Mocoa, José Antonio Castro disse que não será possível o retorno as casas dos bairros danificados e que duas pontes foram completamente destruídas. “Uma grande parte das muitas casas foram tomadas pela avalanche, mas acima de tudo as pessoas foram avisadas com tempo suficiente e algumas foram capazes de sair e se salvar”, disse.“Muitas pessoas procuram seus parentes no meio da lama”, disse o porta-voz da Cruz Vermelha na Colômbia, Oscar Forero.
Os feridos foram levados para um hospital da cidade, que não tem condições de comportar tanta gente. Falta sangue e autoridades sanitárias pedem doações. “Tenho certeza que muita gente foi soterrada pela lama”, disse o anestesista Herman Granados. “Muitos funcionários deixaram o hospital para ajudar nas buscas.”
A cidade tem 40 mil habitantes e fica próxima à fronteira com o Equador, no entroncamento entre dois rios.