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Civis em Gaza podem morrer de fome imediatamente, diz órgão da ONU

Apenas 10% dos fornecimentos alimentares necessários chegam hoje à Faixa de Gaza; situação piora com abrigos lotados e a chegada do inverno

atualizado

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Abed Rahim Khatib/Anadolu via Getty Images
Imagem colorida mostra Homem cozinha em fogueira improvisada em meio a destroços em Gaza - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida mostra Homem cozinha em fogueira improvisada em meio a destroços em Gaza - Metrópoles - Foto: Abed Rahim Khatib/Anadolu via Getty Images

O Programa Alimentar Mundial das Nações Unidas afirmou que civis na Faixa de Gaza enfrentam “fome generalizada”, uma vez que só 10% do fornecimento alimentar necessário entra no território desde o início da guerra entre Israel e o grupo extremista Hamas. E a situação tende a piorar.

“Com a chegada do inverno, os abrigos inseguros e sobrelotados e a falta de água potável, os civis enfrentam a possibilidade imediata de morrer de fome”, afirmou Cindy McCain, diretora executiva do órgão da ONU.

Nas palavras dela, a existência de apenas uma passagem na fronteira piora o cenário. “A única esperança é abrir outra passagem segura para o acesso humanitário à Gaza para levar alimentos que salvam vidas”, continuou.

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Homem cozinha em fogueira improvisada em meio a destroços em Gaza
Além da migração, há o recebimento de material de ajuda humanitária em Gaza
Migração de palestinos acontece por causa de bombardeios e ataques israelenses ao norte de Gaza
Palestinos em Gaza, que estão expostos ao intenso bombardeio israelense, migram para as partes sul e central
MST faz doação de alimentos a brasileiros presos na Faixa de Gaza
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Venda de carvão e madeira em Gaza, com a chegada do inverno, é comum

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Homem cozinha em fogueira improvisada em meio a destroços em Gaza

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Além da migração, há o recebimento de material de ajuda humanitária em Gaza

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Migração de palestinos acontece por causa de bombardeios e ataques israelenses ao norte de Gaza

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Palestinos em Gaza, que estão expostos ao intenso bombardeio israelense, migram para as partes sul e central

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MST faz doação de alimentos a brasileiros presos na Faixa de Gaza

Manuela Hernandez/Assentamento Pirituba SP
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Fogão improvisado por brasileiros em Gaza

Divulgação Escritório de Representação em Ramalah/Divulgação
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Brasileiros fazem fogão improvisado na Faixa de Gaza antes de serem resgatados

Divulgação Escritório de Representação em Ramalah/Divulgação
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Caminhões entraram em Gaza com ajuda humanitária

Ashraf Amra/Anadolu via Getty Images

Em Gaza, mercados fecharam

O Programa Alimentar Mundial confirmou o fechamento da última padaria que mantinha em parceria com a população por falta de combustível. O projeto tinha 130 padarias do mesmo tipo, todas que forneciam alimento aos civis e agora estão interrompidas.

De acordo com McCain, dos 1.129 caminhões que entraram em Gaza desde a abertura da passagem fronteiriça de Rafah, em 21/10, apenas 447 transportavam alimentos. Nos cálculos do órgão da ONU, isso é suficiente para satisfazer 7% das necessidades calóricas mínimas diárias da população.

A situação descrita é impressionante: 25% das lojas contratadas pelo programa da ONU seguem funcionando, e em outras os produtos acabaram; os mercados locais fecharam; e os preços estão muito inflacionados. A maioria sobrevive com uma refeição por dia. Quem tem sorte consegue produtos enlatados, cebolas e berinjelas cruas.

“O colapso das cadeias de abastecimento alimentar é um ponto de viragem catastrófico numa situação já terrível, em que as pessoas foram privadas de necessidades básicas”, apontou Samer Abdeljaber, diretor do programa da ONU na Palestina. “As pessoas estão passando fome.”

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