Cientistas planejam enviar células de animais à Lua: “Arca de Noé”
Temendo uma futura extinção das espécies, cientistas desenvolvem projeto com objetivo de criar novas vidas fora da Terra
atualizado
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Temendo que, um dia, todos os seres vivos na Terra sejam extintos, cientistas trabalham com a possibilidade de enviar à Lua amostras de células de diferentes animais do planeta. O objetivo é que, caso uma extinção em massa ocorra, as células sejam clonadas para criar nova vida em outro lugar.
As células congeladas seriam levadas ao satélite em um birrepositório, que passou a ser chamado de nova “Arca de Noé“. O trabalho é dos cientistas do Instituto Nacional de Zoológico e Biologia da Conservação (NZCBI) do Smithsonian, em Washington, nos Estados Unidos.
“Inicialmente, um biorrepositório lunar teria como alvo as espécies mais em risco na Terra hoje”, disse Mary Hagedorn, principal autora do projeto. Ela acrescenta que “o objetivo final seria criopreservar a maioria das espécies na Terra”.
O planejamento também leva em consideração o clima na Lua: ideal para manter as amostras de células animais congeladas.
Embora a ideia de ter a Lua como “depósito” para espécies seja inédita, um tipo de projeto similar já ocorre na Terra. Trata-se do Global Seed Vault, um bunker subterrâneo em Svalbard, na Noruega, que armazena sementes congeladas.