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Veja a primeira imagem nítida de campo magnético em buraco negro

A cena histórica mostra a estrutura do campo magnético localizado na borda do buraco negro, semelhante a um turbilhão de filamentos

atualizado

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Colaboração EHT
buraco negro
1 de 1 buraco negro - Foto: Colaboração EHT

Cientistas deram mais um grande passo para a compreensão dos misteriosos buracos negros. Nessa quarta-feira (24/3), astrônomos que revelaram o primeiro buraco negro aos olhos dos mundo conseguiram mostrar a imagem do campo magnético perto de sua borda (veja na galeria de fotos).

A cena histórica foi obtida pela colaboração internacional Event Horizon Telescope (EHT), e é a evidência mais direta já obtida da existência de buracos negros, objetos tão massivos e compactos que nada lhes escapa, nem mesmo a luz.

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Essa composição de imagem mostra três vistas da região central da galáxia Messier 87 em luz polarizada
 Simulação de computador mostra buraco negro massivo encontrado no meio do espaço sideral por astrônomos da NASA. Os astrónomos descobriram um buraco perto recorde de Supermassive Black em um lugar improvável: no centro de uma galáxia em uma área pouco povoada do universo. As observações, feitas pelo Telescópio Espacial Hubble da NASA e do telescópio Gemini, no Havaí, pode indicar que esses monstros são mais comum do que se pensava.
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Esta é a primeira imagem nítica do campo magnético no buraco negro da galáxia M87

Reprodução/European Southern Observatory
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Essa composição de imagem mostra três vistas da região central da galáxia Messier 87 em luz polarizada

Reprodução/European Southern Observatory
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European Southern Observatory / AFP
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Simulação de computador mostra buraco negro massivo encontrado no meio do espaço sideral por astrônomos da NASA. Os astrónomos descobriram um buraco perto recorde de Supermassive Black em um lugar improvável: no centro de uma galáxia em uma área pouco povoada do universo. As observações, feitas pelo Telescópio Espacial Hubble da NASA e do telescópio Gemini, no Havaí, pode indicar que esses monstros são mais comum do que se pensava.

NASA
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LOFAR
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Reprodução/Youtube
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Imagem mostra colisão entre dois buracos negros

Nasa
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Nasa/Divulgação
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Esta foi a primeira imagem divulgada da sombra de um buraco negro: era o mais perto que cientistas poderiam chegar de uma imagem do próprio buraco negro, um objeto completamente escuro do qual nem a luz não pode escapar

Colaboração EHT

Na nova imagem é possível ver a luz polarizada, como por meio de um filtro que ajuda a isolar parte do anel luminoso. Ivan Marti-Vidal, que é coordenador de um dos grupos de trabalho do EHT e pesquisador da Universidade de Valência (Espanha), explicou como foi importante observar que o que foi observado é exatamente como os modelos teóricos previam.

“A polarização da luz contém informações que nos permitem compreender melhor a física por trás da imagem vista em abril de 2019, o que não era possível antes. Este é um grande passo”, ressaltou

Essa polarização deixou à mostra a estrutura do campo magnético localizado na borda do buraco negro, semelhante a um turbilhão de filamentos.

Vice-diretor do Instituto de Radioastronomia Milimetrada (Iram), o especialista Frédéric Gueth explicou que esse campo extremamente poderoso, muito mais que o do planeta Terra, opõe uma resistência à força da gravidade do buraco negro, “ocorrendo uma espécie de equilíbrio”.

Em resumo, o campo magnético desempenha o papel fundamental de deixar “escapar” parte da matéria – cerca de 10% – que seria engolida pelo buraco negro. Vale lembrar que, segundo os cientistas, nenhuma matéria sai de um buraco negro uma vez engolida (agregada).

A força magnética ejeta a matéria, que segue em trajetória o longo das linhas do campo e emitindo poderosos jatos de luz a velocidades imensas.

Como nenhuma informação escapa dos buracos negros, não há como observá-los diretamente: o que acontece lá dentro segue sendo um grande mistério para a ciência. O desafio, portanto, é buscar o máximo de informações sobre o que acontece ao redor do buraco negro.

No coração da galáxia

Sob o aspecto de um círculo escuro cercado por um anel flamejante, o gigantesco buraco negro alojado no coração da galáxia Messier 87 (M87), a 55 milhões de anos-luz de distância, apareceu para os cientistas em 10 de abril de 2019.

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