metropoles.com

Tartarugas de até 2,4 m nadavam na Amazônia há 10 milhões de anos

Esses “monstros marinhos” travaram batalhas épicas por companheiros e território nas águas dos rios da Amazônia

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Universidad del Rosario/Divulgação
stupendemys1
1 de 1 stupendemys1 - Foto: Universidad del Rosario/Divulgação

Verdadeiros “monstros marinhos” com mais de uma tonelada e até 2,4 metros de comprimento, algumas das maiores tartarugas travaram batalhas épicas por companheiros e território nas águas dos rios da Amazônia há cerca de 10 milhões de anos.

Segundo os autores de um novo estudo da Universidad del Rosario, de Bogotá, fósseis recém-descobertos indicam que o animal supera qualquer outra tartaruga do passado ou do presente. A Stupendemys geographicus tinha uma distribuição geográfica ampla, num grande arco que ia do estado do Acre ao norte da Venezuela, passando pelo Peru e pela Colômbia.

5 imagens
Fósseis dos casos da Stupendemys geographicus demonstra que tartarugas travaram batalhas épicas por fêmeas e territórios
Stupendemys geographicus
Stupendemys geographicus
Stupendemys geographicus
1 de 5

As tartarugas Stupendemys geographicus chegavam a 2,4m

Universidad del Rosario/Divulgação
2 de 5

Fósseis dos casos da Stupendemys geographicus demonstra que tartarugas travaram batalhas épicas por fêmeas e territórios

Universidad del Rosario/Divulgação
3 de 5

Stupendemys geographicus

Universidad del Rosario/Divulgação
4 de 5

Stupendemys geographicus

Universidad del Rosario/Divulgação
5 de 5

Stupendemys geographicus

Universidad del Rosario/Divulgação

A equipe liderada por Edwin Cadena publicou, nessa quarta-feira (12/02/2020), os dados sobre o supercasco da espécie e outros fósseis escavados recentemente, na revista Science Advances.

Animais do gênero Stupendemys já são conhecidos desde os anos 1970, tendo adquirido fama pelo tamanho estupendo, como sugere o próprio nome da espécie. “Tudo o que sai do Mioceno da Amazônia é monstruosamente gigante”, lembra o paleontólogo Tito Aureliano, da Unicamp, sobre a época geológica que estes bichos viveram.

Lutas épicas

Segundo os paleontólogos, liderados por Edwin Cadena, os machos carregavam chifres incomuns, usados na disputas por fêmeas. As carapaças com cicatrizes sugerem que eles provavelmente as usaram como defesa nas lutas entre si e para afastar os crocodilos mais de três vezes o seu tamanho.

Além da tartaruga – ou cágado, como são chamadas popularmente as espécies de água doce -, a região também abrigava nessa época o superjacaré Purusaurus (com mais de 12 m) e um parente extinto das capivaras, que podia chegar aos 700kg.

A configuração dos rios sul-americanos era bem diferente no Mioceno. O habitat muito rico em recursos, com comida abundante, e altamente conectado, permitia que os animais aumentassem de tamanho.

O estudo da mandíbula da espécie evidenciou que o “supercágado” tinha dieta variada, que incluía conchas duras de moluscos, peixes e outros vertebrados, além de frutas grandes.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?