Rede social Parler sai do ar após Amazon bloquear uso de servidores
Google e Apple excluíram rede social da loja de aplicativos. CEO do Parler fala em restrições à liberdade de expressão
atualizado
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A rede social conservadora Parler saiu do ar nesta segunda-feira (11/1), logo após as gigantes da tecnologia Amazon, Google e Apple aplicarem restrições ao aplicativo.
“Não é só você! parler.com está fora do ar”, informa o site de rastreamento de internet Down For Everyone Or Just Me. Isso significa que o app não conseguiu outro provedor.
O Metrópoles também tentou acessar a rede social, mas não teve sucesso. “Não é possível acessar esse site. Verifique se há um erro de digitação”, diz o texto.
A Amazon suspendeu o Parler do serviço de hospedagem digital, a Amazon Web Services (AWS). Já a Google e a Apple excluíram a rede social das lojas de aplicativos.
Essas ações têm sido adotadas em crítica à posição do Parler ante mensagens que incentivaram a invasão do Capitólio norte-americano, na última quarta-feira (6/1).
Ao contrário de medidas adotadas pelo Twitter, Facebook e outras várias redes sociais, o Parler não aplicou restrições ao presidente dos EUA, Donald Trump.
Na quarta, Trump incentivou apoiadores a invadirem o Congresso americano e os chamou de “patriotas”. Cinco pessoas, entre elas um policial, morreram.
O Parler tem funcionado como um “refúgio” de internautas da extrema-direita que se mostram contrários, por exemplo, à suspensão de Trump dessas redes sociais.
Nesse sábado (9/1), o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro (sem partido), convidou os seguidores do Instagram a entrarem no Parler e o acompanharem por lá.
O fundador e CEO do Parler, John Matze, criticou as ações adotadas pelas gigantes da tecnologia e disse se tratar de uma censura à liberdade de expressão.
“Amazon, Google e Apple fizeram isso propositalmente como um esforço coordenado, sabendo que nossas opções seriam limitadas”, afirmou ele, na própria rede social.
Matze disse também que o Parler é “a última esperança do mundo em termos de liberdade de expressão e informação” e que a suspensão adotada pelas empresas é vergonhosa.
“Esta é uma batalha contra todos nós. Liberais, conservadores, ateus, cristãos, negros, brancos etc.. Eles querem manter o monopólio da palavra”, prosseguiu.