Neuralink, de Elon Musk, inicia testes com chip cerebral em humanos
A tecnologia da Neuralink promete tratar danos cerebrais graves, como cegueira e paralisia
atualizado
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A empresa de biotecnologia Neuralink, do bilionário Elon Musk, deu início ao cadastro de voluntários para os testes com chip cerebral. Em dezembro do ano passado, Musk havia afirmado que os implantes em humanos começaria em até seis meses.
A tecnologia da Neuralink promete tratar danos cerebrais graves, como cegueira e paralisia. Questionado sobre os perigos de implantar um chip no cérebro de uma pessoa, o bilionário responsável pela empreitada disse: “Queremos ser extremamente cuidadosos e certos de que funcionará bem, antes de colocar um dispositivo em um ser humano”.
“Já enviamos a maioria dos documentos necessários para a Food and Drug Administration [FDA, equivalente à Anvisa]. Achamos que, provavelmente, em cerca de seis meses poderemos ter nosso primeiro neurolink em um ser humano”, declarou Musk em dezembro.
Agora, no site da Neuralink, é possível encontrar uma aba para inscrição. O voluntário deve morar nos Estados Unidos e ter mais de 18 anos. Além disso, precisa ter qualquer tipo de condição associada ao cérebro, como paraplegia, perda de visão, quadriplegia ou surdez.
Conforme a proposta da empresa, o chip funcionará por meio de sinais cerebrais que enviarão informações a um controle de dispositivos eletrônicos. A tecnologia ainda será capaz de controlar os hormônios.
Neuralink investigada por maus-tratos
A Neuralink está sob investigação federal nos Estados Unidos, segundo informações divulgadas pela agência Reuters. As autoridades americanas querem saber se a companhia de Musk, que também é dono do Twitter, violou o bem-estar de animais em testes realizados em laboratório.
As investigações foram iniciadas há poucos meses a partir de reclamações de funcionários da Neuralink. Eles alegaram que estariam sendo pressionados para apressar experimentos, o que resultaria em sofrimento e morte desnecessários dos animais usados nos testes.