Nasa: saiba detalhes sobre Earendel, a estrela mais antiga do universo
Descoberta foi anunciada nesta quarta-feira (30/3) pela agência espacial. Estrela está localizada a 12,9 bilhões de anos-luz da Terra
atualizado
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A Nasa revelou, nesta quarta-feira (30/3), uma descoberta surpreendente feita pelo telescópio espacial Hubble. A estrela mais antiga já detectada foi achada a uma distância de 12,9 bilhões de anos-luz da Terra, e é considerada o corpo celeste mais antigo do universo.
Intitulada Earendel, cujo significado é “estrela da manhã”, a esfera brilhante surgiu para os astrônomos quando o universo tinha somente 7% de sua idade atual — 13,8 bilhões de anos.
Anteriormente, os cientistas só detectaram aglomerados de estrelas de galáxias muito antigas, e nunca uma estrela solitária, como a Earendel. O astrônomo Brian Welch, da Universidade de Johns Hopkins, em Baltimore, comemorou a descoberta.
RECORD BROKEN: Hubble observed the farthest individual star ever seen!
This extraordinary new benchmark detected light from a star that existed within the first billion years after the universe’s birth in the big bang.
Find out more: https://t.co/2ivkk1iqz3 pic.twitter.com/X7qcijwx24
— Hubble (@NASAHubble) March 30, 2022
“Quase não acreditamos no começo, era muito mais longe do que a estrela anterior mais distante e com maior desvio para o vermelho”, declarou. O desvio para o vermelho se dá devido à luz emitida pelas estrelas — quanto mais esta luz for vermelha, mais distante está o objeto.
Conforme o cientista, a “Earendel existiu há tanto tempo que pode não ter as mesmas matérias-primas que as estrelas ao nosso redor hoje”.
A princípio, Welch acreditava que a estrela se tratava de uma galáxia, devido à alta emissão de luz. Contudo, ao ampliar a imagem enviada pelo telescópio Hubble, percebeu que se tratava de uma estrela solitária.
Os cientistas acreditam que Earendel seja milhões de vezes mais brilhante que o nosso Sol e que possua 50 vezes mais massa que a nossa estrela. Os pesquisadores também informaram que estudarão Earendel através do telescópio espacial James Webb, que promete substituir Hubble e tem alta sensibilidade à luz infravermelha, podendo estudar com mais detalhes objetos a distâncias gigantescas.