Lixo espacial que ameaça satélites pode ser observado à luz do dia
Até agora, era possível observar detritos espaciais das estações de observação óptica, mas apenas por algumas horas no crepúsculo
atualizado
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Desde 1957, quase 9 mil satélites e cerca de 23 mil outros objetos de mais de dez centímetros estão em órbita no espaço e gravitando em torno da Terra a mais de 20 mil km/h, segundo dados do Exército dos Estados Unidos. Buscando solução para esta grande ameaça a satélites ativos, um grupo de cientistas descobriu uma maneira de detectá-los em plena luz do dia.
Em um estudo publicado nesta terça-feira (4/8) na Nature Communications, os cientistas ressaltaram que esses objetos acabam por colidir com os satélites ativos e, por sua vez, criar mais detritos espaciais.
O grande problema é que, até agora, era possível apenas observar detritos espaciais das estações de observação óptica, mas só por algumas horas no crepúsculo, quando a estação localizada na Terra está no escuro, mas os restos ainda são iluminados pelo sol.
Agora, pesquisadores sediados na Áustria anunciaram que conseguiram estender esse período de observação usando um telescópio, um detector e um filtro para aumentar o contraste entre os objetos e o céu.
Com essa nova técnica, que ainda está em fase experimental, seria possível monitorar os detritos espaciais por 22 horas por dia. Atualmente, esse monitoramento só é possível por até 6 horas.
O co-autor da publicação, Michael Steindorfer, do Instituto de Pesquisa Espacial da Academia Austríaca de Ciências, afirmou que a técnica deve contribuir significativamente para futuras missões de remoção de detritos espaciais ou melhorar as previsões orbitais em caso de alerta de colisão.