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Cientistas tentam “ressuscitar” o dodô, pássaro extinto no século 17

Projeto de startup quer trazer de volta à natureza o dodô, pássaro que foi extinto por conta da ação de humanos no habitat da espécie

atualizado

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Dodô
1 de 1 Dodô - Foto: McGill Library/Unsplash

Parente direto dos numerosos pombos modernos, o pássaro dodô teve a última aparição datada próxima do século 17, quando se tornou extinto na natureza por conta da ação predatória dos seres humanos. E agora, são estes mesmos que tentam “ressuscitar” a ave.

A startup Colossal Biosciences, uma empresa de engenharia genética sediada na cidade de Dallas, no Texas, Estados Unidos, revelou que inicia trabalhos para tentativas do que chama de “desextinção”.

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Projeto da startup Colossal Biosciences também tenta trazer de volta outras espécies extintas, como mamutes lanosos
Beth Shapiro é a principal paleogeneticista e membro do conselho científico da Colossal
O projeto de desextinção do Colossal será a ressurreição do mamute lanoso - ou mais especificamente um elefante resistente ao frio com todas as principais características biológicas do mamute lanoso
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Parentes dos pombos e do tamanho de perus, os dodôs foram extintos por conta da ação humana

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Projeto da startup Colossal Biosciences também tenta trazer de volta outras espécies extintas, como mamutes lanosos

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Beth Shapiro é a principal paleogeneticista e membro do conselho científico da Colossal

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O projeto de desextinção do Colossal será a ressurreição do mamute lanoso - ou mais especificamente um elefante resistente ao frio com todas as principais características biológicas do mamute lanoso

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O projeto tem como base usar amostras de DNA de animais extintos para realizar uma espécie de “ressurreição biológica”.

“O dodô é um excelente exemplo de uma espécie que se extinguiu porque nós – pessoas – tornamos impossível para eles sobreviverem em seu habitat nativo”, disse Beth Shapiro, principal paleogeneticista e membro do conselho científico da Colossal, em anúncio no site da startup.

Shapiro liderou um grupo que anunciou em março de 2022 que havia sequenciado o genoma do dodô. “Estou emocionada em colaborar com a Colossal e o povo de Maurício na desextinção do dodô”, disse.

Alvo fácil de predadores

O último dodô foi morto em 1681, de acordo com o site Britannica.com. Marinheiros portugueses descobriram a espécie nas ilhas Maurício, que fica na costa Leste da África, no Oceano Índico, há mais de cinco séculos.

As aves, que tinham tamanhos maiores que os de perus, foram mortas para alimentação de seres humanos. O tal pássaro, da família Raphidae, apesar de ser parente direto de pombos, tinha caraterísticas únicas da espécie: pesava cerca de 23 quilos e não podia voar, por conta de asas desproporcionais ao impulso e planagem.

Como a constituição física do animal não permitia longas jornadas de deslocamento, os dodôs se concentraram nas ilhas Maurício, local de colonização holandesa que fez com que milhares de navegadores aproveitassem a parada de navios para se alimentarem do pássaro local, descrito como saboroso e que se tornou item da culinária local.

Além dos seres humanos, animais domesticados também contribuíram para a morte em massa de espécimes adultos. Eles também atacavam os filhotes e comiam ovos de dodô nos ninhos.

Dodôs desapareceram

Os registros históricos dão conta que após a adaptação humana nas ilhas foi fatal para os dodôs, que desapareceram menos de 100 anos depois. Em 1681 já não havia mais dodôs visíveis no espaço aéreo local, sendo os últimos registros de avistamento do pássaro.

A literatura científica pontua que esta foi a data da extinção da espécie, restando apenas esqueletos retirados do arquipélago e distribuídos entre acervos de laboratórios e museus espalhados pela Europa e Estados Unidos, além das ilhas Maurício.

filhote de mamute
Projeto da startup Colossal Biosciences também tenta trazer de volta outras espécies extintas, como mamutes lanosos

A Colossal, que tenta trazer de volta outras espécies extintas (com genoma de espécies como mamute lanoso e o tigre da Tasmânia), conseguiu amostras de restos mortais de um dodô, classificadas como de “alta qualidade” para análise e replicação de DNA.

A ressuscitação, no entanto, está apenas nos primeiros passos e sua viabilidade ainda não está comprovada pelas equipes de biotecnologia e engenharia genética.

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