Cientistas encontram fóssil do dia em que dinossauros foram extintos
Restos fossilizados possuem vestígios do meteoro que dizimou os dinossauros há 66 milhões de anos
atualizado
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A ciência nos conta (e comprova) que os dinossauros foram exterminados por um evento chamado Chicxulub, na península de Iucatã, atual México. Foi quando um asteroide em queda livre atingiu a Terra, há 66 milhões de anos. E agora, cientistas revelam ter encontrado restos de um thescelosaurus que acreditam remontar este evento catastrófico para a espécie.
O fóssil desta espécie pequena de dinossauro, localizado em Dakota do Norte, dá agora uma visão extraordinária de como teria sido o último dia dos dinossauros no planeta Terra.
A perna perfeitamente preservada, que inclui até restos da pele do animal, pode ser datada com precisão no momento em que o asteroide que provocou a extinção dos dinossauros atingiu a Terra, dizem os especialistas. Isso porque, segundo ele, há a presença de detritos do impacto.
“É absolutamente maluco”, disse Phillip Manning, professor de história natural da Universidade de Manchester. Ao programa Today da BBC Radio 4, o especialista contou que a perna do thescelosaurus descoberta no local de escavação de Tanis, em Dakota do Norte , era a “última baqueta de dinossauro”.
“A resolução de tempo que podemos alcançar neste local está além dos nossos sonhos mais loucos… Isso realmente não deveria existir e é absolutamente lindo. Nunca sonhei em toda a minha carreira que veria algo a) tão limitado no tempo. É tão bonito e também conta uma história tão maravilhosa.”
Documentário na BBC
O processo de escavação foi filmado pela BBC, que deve lançar o documentário Dinosaurs: The Final Day with Sir David Attenborough (Dinossauros: O Último Dia, com Sir David Attenborough, em tradução livre).
A equipe também descobriu restos de peixes que respiraram detritos do impacto do impacto do asteroide, que ocorreu a três mil quilômetros de distância no Golfo do México.
Também foram encontrados restos fossilizados de uma tartaruga que foi espetada por uma estaca de madeira e pequenos mamíferos e suas tocas, bem como a pele de um triceratops, um embrião de pterossauro dentro de seu ovo e o que os cientistas pensam que poderia ser um fragmento do próprio impactor de asteróide.
Esses fatores e a presença de outros detritos que “choveram” por um período específico, imediatamente após o impacto do asteroide, permitiram que datassem o local com muito mais precisão do que as técnicas padrão de datação por carbono.
Como nos filmes
Robert DePalma, o estudante de pós-graduação da Universidade de Manchester, que lidera a escavação de Tanis, disse que são tantos detalhes analisados no fóssil, que dão a eles a possibilidade de dizer, com detalhes, o momento derradeiro dos dinossauros.
“É quase como vemos isso acontecer nos filmes. Você olha para a coluna de rocha, olha para os fósseis lá, e isso te traz de volta àquele dia.”