Cientistas encontram DNA de um milhão de anos na Antártida
É o mais antigo achado no fundo do mar, em uma das regiões mais vulneráveis às mudanças climáticas na Terra
atualizado
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Fragmentos de DNA que datam um milhão de anos foram encontrados por cientistas no fundo de uma região do mar da Escócia, ao Norte da Antártida.
É o mais antigo achado no fundo do mar, segundo os pesquisadores. Um estudo sobre a descoberta foi publicada este mês na revista científica Nature Communications.
As amostras encontradas são chamadas tecnicamente de sedaDNA, já que o material antigo estava sedimentado.
O sedaDNA pode ser encontrado em diversos ambientes, como no permafrost subártico ou em cavernas terrestres, comumente datados entre 400 mil e 650 mil anos.
Cientistas da Universidade de Bonn, na Alemanha, explicam que o DNA foi localizado em 2019. Desde então, o material passou por um processo de controle de contaminação para garantir a precisão dos marcadores de idade.
A equipe também descobriu organismos unicelulares do tipo diatomáceas, que datam de 540 mil anos atrás.
Por que mexer nisso?
De acordo com os especialistas, a Antártida é uma das regiões mais vulneráveis às mudanças climáticas na Terra.
“Estudar as respostas passadas e presentes desse ecossistema marinho polar às mudanças ambientais é uma questão de urgência”, justificaram no artigo.
DNA de milhões!
As amostras retiradas de ambientes marinhos polares são bem conservadas, praticamente intactas, justamente pelas baixas temperaturas da região, além de baixo oxigênio e falta de radiação UV.
Este material tem ajudado cientistas a entender como as mudanças climáticas já afetam e devem afetar ainda mais o futuro da Antártida, além de tentar prever o futuro do Pólo Sul.